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Seja qual fôr o teu juizo e opinião sobre as duvidas que me trazem perturbado, a tua presença será para mim, estou bem certo, um grande bem. Nem tu pódes calcular que allivio foi esta curta confissão! Sinto-me agora bem, parecem-me distantes as sombras afflictivas da noite; enche-me o coração a esperança e a paz. Meu Deus!

Eu desejo, senhora, que a minha casa seja mansão de jubilos e não de tedios: quero ser amado pelo que sou e não por caridade; quero ser obedecido amorosamente e não com submissão de escrava; aliás, buscarei quem me ame, e me corresponda. Engrinalda-te de rosas, minha bella! Não ha inferno, e o paraizo tem-l'o ahi á mão. Enche-me o copo, e dorme placidamente nos meus joelhos.

Ingrata, não! Mas tu o sabes... sou assim um poucochinho estroina... não gosto de homens tão serios e tão pêccos. Olha, menina, é n'essas pequenas coisas que consiste a felicidade. Boa! ahi queres tu prégar-me um sermão de moral! oh, menina, enche-me este calice; mas ainda agora reparo que tens lagrimas nos olhos! Lagrimas, eu! estás doida!

Nunca olharam as nuvens, nunca as viram, esses mármores ao vento, fluctuando... E o vento! O vento! Sabem ouvi-lo! Tanto não sabem que quando êle prega, durante o inverno em que êle é todo génio, metem-se em casas grandes, bem fechadas, p'ra ouvir sons, sons, imensos sons... Chamam a isso Música. Conheço-a. Desde que vivo com os homens, perseguiu-me. Nem aqui na gaiola eu lhe escapei. Toca aos domingos horas, no coreto. Enche-me mais de raiva e de miséria. A música das águias como é outra!... Quem a ouviu como eu quando era águia, antes de ser esta carcassa reles! Nas montanhas, no mar, na névoa móvel!... Sobretudo no mar, no grande mar... O que eu viajei nos temporais a ouvi-la! Ás vezes partíamos no vento em turbilhões, asas e asas, nómades, pairantes... Regougos de ondas, nuvens a rasgar-se, e os nossos gritos, bêbedas de espuma!... E mil vozes de formas nunca ouvidas, a voz de tudo, tudo, a voz de Pan! E o silêncio, o silêncio... Certos instantes únicos, supremos, em que êle se ouve, o temporal hesita, e um pânico arrepanha as asas todas... Como é agudo, agudo, êsse silêncio!... Nas meias-noites de estio... o que eu gostava de despertar no éter melodias, ferindo-lhe o teclado luminoso, numa alma de voo, sereníssima... Punha medo com o rumor das minhas asas

Alegra-me essa opinião exclamou o velho com vehemencia enche-me de santa vaidade, porque vem d'uma sincera alma! Não quiz Deus que meu filho Antonio participasse da minha alegria, encontrando a creança, que me deixou nos braços, a amparar nos seus a minha velhice.

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