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Calisto Eloy contemplou-o com a fixidez de medico, que estuda os symptomas da demencia nos olhos do enfermo. Depois, voltando-se contra o abbade de Estevães, disse: Eu queria ver como este dr. Liborio tem a cabeça por dentro.

Calisto Eloy certamente não iria recitar o paragrapho a nenhuma senhora pallida e magra, depois da incivil resposta, que lhe deu a porteira de Santa Joanna, e mais ainda com a desconfiança em que o puzeram os bons authores da sua predilecção. Parece, porém, que elle andava aporfiado em afogar o seu recto juizo nas aguas de Lisboa.

Calisto Eloy fechou o livro, e disse de si para comsigo, tomando uma vez de rapé: O meu classico não podia mentir. Este mau cheiro é desconcerto da minha membrana pituitaria. E alcatroou segunda vez, as ventas com uma pitada desinfectante. Pareceu-lhe tambem pesada e salôbra a agua.

Calisto Eloy pagou o tributo dos espiritos esclarecidos.

Andava o animo de Calisto Eloy martellado pelo desejo de pôr cobro ao luxo da gente de Lisboa, sendo grande parte n'este intento o haverem-lhe os dois pisa-verdes do parlamento mettido a riso a sua casaca de briche.

Dito isto, dispensa o leitor que se annumerem outras virtudes a facto por si tão significativo. As outras virtudes hão de vir apparecendo naturalmente. Alguem disse a Calisto Eloy que o circumspecto Vasco da Cunha não era estranho ao coração de Adelaide.

Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda queria que se venerasse o passado, a moral antiga como o monumento antigo, as leis de João das Regras e Martim d'Ocem, como o mosteiro da Batalha, as ordenações manuelinas como o convento dos Jeronymos. O mal que d'aqui surdia ao genero humano, a fallar verdade, era nenhum.

Quando a arte deshonesta não despe as figuras, veste-as de feitio que pelo ondeado das roupas transparentes esteja o peccado a fazer negaças a conjecturas taes que, certo estou, Calisto Eloy, antes de se empestar em Lisboa, se taes impudicias visse, romperia no parlamento os vesuvios da sua eloquente indignação.

Ahi vae o esforçado Calisto Eloy de Silos em demanda de D. Bruno de Mascarenhas. Um escudeiro annuncia ao fidalgo um ratazana. Quem é um ratazana? pergunta D. Bruno.

Não devo ater-me á imaginação do leitor n'este grave caso. Calisto Eloy não é a figura que pensam. Estou a adivinhar que o inquadraram em molde grotesco, e lhe deram a edade que costuma authorisar, mórmente no congresso dos legisladores, os desconcertos do espirito, exemplificados pelo deputado por Miranda. Dei eu azo á falsa apreciação, por não antecipar o esboço do personagem.

Palavra Do Dia

stuart

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