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E acabado, os bateis botaram pranchas fóra, e saiu el-rey com seus requissimos mômos, e a náu e bateis, que enchiam toda a sala, se saíram com grandes gritos e estrondo de artilharia, trombetas, atabales, charamellas e sacabuxas, que parecia que a sala tremia e queria caír em terra.
Eis aqui um episodio do livro das Linhagens: «E este Raymão Viegas de Portocarrero, sendo vassallo d'elrey D. Sancho de Portugal, veio uma noute a Coimbra com a companha de Martim Gil Soverosa, onde el-rey jazia dormindo na sua cama; e roubaram-lhe a rainha D. Mecia sua mulher de apar d'elle e levaram-na para Ourem.
O anonymo biographo da Vida affirma expressamente que Sá de Miranda, tendo-lhe el-Rey dado hua Comenda do Mestrado de Christo, que chamão as duas Igrejas... recolheu-se a hua quinta que tambem tinha ahi perto chamada a Tapada. Indiscutivel, pois, que a quinta não fazia parte da Commenda e ainda mais indiscutivel que o poeta a possuia antes e independentemente de receber Duas Egrejas.
Tudo corria para o melhor, quando, para coroar o caso, vem um privado de Assud-Khan propôr-lhe a divisão do thesouro do fallecido: 500:000 pardaus: «Mando 300 a el-rey, mas d'estes tomei 30:000 para mi, que é o dizimo que lá mando a minha mulher: que em razão está que tenha alguma parte d'isso, pois o podera ter todo, que eu podera ter tomado este dinheiro sem o ninguem saber». Esta pratica de vender o auxilio nas contendas indigenas não era, todavia, privilegio de Martim Affonso.
Para elle todo o meio é licito quando lhe parece licito o fim, e, substituindo a invocação eclesiastica de Nosso Senhor Jezus Christo pela formula civil de El-Rey meu amo, elle arvora a obediencia cega, irraciocinada, absolutamente bruta, em lei fundamental da nação, assim como era lei fundamental da ordem.
El-Rey dançou com a princeza, e os seus mantedores com damas que tomaram, e logo veio o duque com fidalgos da sua casa, com outros requissimos mômos.
D'elle diz Diogo de Paiva de Andrade, nas suas Memorias: foy um Fidalgo a quem a natureza dotou de muito animo e grandes forças, e por isto El-Rey D. João II o escolheu quando quiz matar a D. Diogo, Duque de Vizeu a quem abraçou por detraz. Eis aqui a singular missão da testemunha!
Estes, em tregeitos, esforçavam-se por lhes fazer perceber que queriam pôr alli feitorias, para trazerem por mar, para a Europa, as preciosidades da India; e não cessavam de affirmar quante el-rey de Portugal era poderoso e forte. Apesar de não ter tantos ouros nem pedrarias tinha o bronze das suas peças e o ferro das suas granadas! accrescentavam com decidida importancia.
Pelo que, El-Rey o mandou vir á côrte, e esteve n'ella mais de dois annos, posto que, tirada a devassa, o não acharam culpado.
D. Henrique voltava com as reliquias da sua expedição, deixando o irmão preso. «Que el-rey se lembre de mim... roguem por minha alma, que é a ultima vez que nos veremos!» dizia o infeliz ao despedir-se, em lagrimas. D'alli os mouros levaram-no a Fez. Ia como Isaac para o altar, ou como Jesus para o Calvario.
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