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A antiga amizade de Sá de Miranda por Bernardim Ribeiro mantivera-se, senão avigorara, atravez das vicissitudes de um e outro poeta. Em a ecloga Aleixo, ao que parece composta e representada por 1530, Sá de Miranda referiu-se ao desterro de seu amigo, defendendo-o com palavras dedicadas. Juan No sé como no llorava. Sabes porque sospirava?
Vamos por partes: Foram os editores de Ferrara e Colónia que propagaram pela imprensa a lenda de que a paternidade da carta e ecloga de Crisfal era atribuida a Cristovam Falcão, e, fazendo-o, limitaram-se, com honestidade, a escrever: «que dizem ser... ao que parece aludir o nome da mesma ecloga». Ao contrário do que o snr. dr.
Por agora não mais, senão que este Soneto que aqui vai, que fiz á morte de Dom Antonio de Noronha, vos mando em sinal de quanto della me pezou. Huma Ecloga fiz sobre a mesma materia, a qual tambem trata alguma cousa da morte do Principe, que me parece melhor que quantas fiz.
E a admitir alguem, de reconhecida inteligência e critério, que o autor das cartas em prosa podia ser o poeta da Carta e da Ecloga de Crisfal, o mesmo equivaleria a aceitar como razoavel que Rosalino Candido pudesse firmar as obras do snr. dr. Theóphilo Braga, e que, consequentemente, o laureado professor de literatura fosse capaz de produzir a obra gigantesca de Victor Hugo.
Isto leva a explicar como Christovam Falcão tentaria apagar a paternidade da Ecloga fundamentando-se-lhe a imputação com o anagramma das primeiras syllabas do nome. Os logares communs a Bernardim Ribeiro e Christovam Falcão provam mais a favor da imitação de um discipulo, do que á fusão dos dois poetas, repetindo-se o mestre na decadencia.
Como se sabe, Garcilaso falleceu em 1536. Sá de Miranda compôz para o primeiro anniversario da morte do grande lyrico hespanhol a ecloga Nemoroso em que evidencia o mais intimo conhecimento não só de suas poesias como de sua propria vida. Das poesias tomou conhecimento pelo manuscripto com que o brindou o seu querido amigo Antonio Pereira.
«Ha portanto a eliminar todas as relações pessoaes entre Cristovão Falcão e Bernardim Ribeiro, como julgamos nos nossos estudos, corrigindo a interpretação da Ecloga I e III de Bernardim.» Do artigo «Movimento litterário» Não só corrigimos a interpretação das eclogas I e III de Bernardim Ribeiro como todas as outras do desventurado poeta... Mas o snr. dr.
E ja que a lingua nisto fica pronta, Consenti que a minha Ecloga se conte, Em quanto Apollo as vossas cousas conta. No cume do Parnaso, duro monte, De sylvestre arvoredo rodeado, Nasce huma crystallina e clara fonte, Donde hum manso ribeiro derivado, Por cima d'alvas pedras mansamente Vai correndo suave e socegado.
Os inimigos de Sá de Miranda aproveitaram-a para tecer uma habilissima teia e afastarem para longe o atrevido poeta, implacavel para com os seus desmandos. Intrigando na sombra, torceram a interpretação da ecloga e deram ao trecho incriminado um sentido que, certamente, não tinha. Apresentaram-o como um ataque directo.
«Isto, a nossos olhos, era decisivo. «Os editores de 1559 das obras de Bernardim Ribeiro, e antes de eles os de 1554, como depois viemos a apurar, tinham registado com relação á écloga uma fábula que devia datar da primeira edição das Trovas de Crisfal, etc.»
Palavra Do Dia