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Foi ahi que se descobriu a chave do enigma: os maganões declararam que o seu unico intuito fôra fazer aos duellos a guerra do ridiculo: mostraram que as suas pistolas levavam polvora mas não bala, e affirmaram, o que era verdade, que entre os dous não havia nenhuma Dulcinéa.

Quando o Heroe da Mancha exalta a imaginaria gerarquia da senhora de seus pensamentos D. Dulcinea do Taboso, afirma que não é oriunda de outras familias celeberrimas de Hespanha que menciona, nem mesmo dos Alencastros, Pallas e Menezes de Portugal.

Agora mesmo, agora quando esse D. Quixote de donzellas cincoentonas voltar mal-ferido da sua justa cortez, farei como Altisidora, ousarei pôr de parte o pudor feminino para lhe dizer «Amo-te» e para o consolar com essa palavra do encantamento da nova Dulcinéa. E a travessa rapariga, desatando a rir, desceu a escada que ia ter ao jardim.

Era do excelentisimo Camões uma das eclogas que haviam de representar as pastoras em cujas redes se embaraçou o pensativo escravo de Dulcinea. Passando do primor de Cervantes á sua quasi rival Galatea, lê-se que o pae da linda heroina das margens do aurifero Tejo, intenta prendel-a com os laços de hymineo a um pastor lusitano das ribeiras do deleitoso Lima.

Contase que saindo n'outro tempo Este novo Quixote aventureiro Pelo mundo a ganhar glorioza fama No serviso do Rei dos bravos vinhos, E querendo a uma nova Dulcinea O governo entregar de seus morgados, Ja que a Parca cruel lhe avia feito A vês primeira o tálamo dezerto; Axára em Santarem uma Matrona So digna de um Eroi, so digna dele.

Vês como ajuda o destino. A hum bom cavalleiro andante? Não precizei de aço fino, Nem de pés de Rocinante, Nem de elmo de Mambrino. Ó tu que alçaste a viseira Forcejando os nervos velhos, E para ver a fogueira Limpaste os olhos vermelhos Na felpuda cabelleira: Abaixa a proa huma vez, Chega a Dulcinea bella, E dize posto a seus pés: «Formosissima Donzella, Eu sou hum triste Marquez,

"Aquillo, meu amigo, foi cousa que um papá, ou uma máma, sempre impertinentes em taes casos, te não deixou entregar, ao sahir do theatro ou de um baile, á tua Dulcinea d'aquella noute, ou que a tua timidez dos desoito annos fêz recolher ao bôlso. Imagino, meu amigo, que te deves ter rido, sabendo que aquelle bilhête esquècido, depois de atravessar os mares, atravessou aquelles inhòspitos paizes, e andou em companhia de um prêto no alto Zambeze.

Em tudo que me cerca e me rodeia Eu vejo a tua imagem carinhosa, Ó minha doce e terna Dulcinea. Falla-me em ti, a madresilva e a rosa E tudo a quanto eu levo a minha ideia... Vejo-me preso em teu amor, formosa! Eu não escalo as rochas de granito, Eu não transponho as vastidões do mar, Nem vou rasgar o ventre do infinito, Passo a existencia, inerte e sem pensar.

«...Especie de caceteiro», continuava o conego que lia aquellas phrases crueis com uma tranquillidade dôce, «desabrido de maneiras, mas que não desgosta de se dar á ternura, e, segundo dizem os bem informados, escolheu para Dulcinêa a propria e legitima esposa do seu regedor...» O padre Brito não se dominou: Eu racho-o de meio a meio! exclamou erguendo-se e recahindo pesadamente na cadeira.

Velar as armas é sacramento de tanto ponto, que nem o fidalgo da Mancha se deu por bem posto na sua missão, antes de armar-se cavalleiro no curral d'uma bodega, e o mesmo foi dar sova brava nos arrieiros. Tens tu Dulcinea, meu sobrinho? Claro é que sim.

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