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Doce Primavera, que me enfeitiça? Troça. Aqui anda machina, apostára! Quem me assegura, que isto não foi primavera servida a meus avós ha mais de um seculo, gravada n'um cylindro, e impingida depois como nova, de quando em quando, aos patetas, que a applaudem?... E a proposito da Primavera que irrompia, duas palavras sobre outra Primavera, que morria, ahi pela mesma epocha.

O Mediterrâneo, dôce, sem mistério nenhum, clássico, um mar pra bater De encontro a esplanadas olhadas de jardins próximos por estátuas brancas! Todos os mares, todos os estreitos, todas as baïas, todos os gôlfos, Queria apertá-los ao peito, sentí-los bem e morrer! E vós, ó cousas navais, meus velhos brinquedos de sonho! Componde fora de mim a minha vida interior!

Pesado e triste, com os beiços empastados de banha e de sangue, Adão, sob o calado crepúsculo, atravessa as dunas, repenetra nas terras, rebuscando sôfregamente água doce. Por toda a relva, nesses tempos de universal humidade, fugia e chalrava um regato.

E a arvore, e a flôr, e quanto junto á margem, Em doce paz, seu rosto reflectia No crystalino espelho, por magia Da lei do amor, a doce lei da imagem!... Fere-me então bem intima tristeza, Ao vêr aos pés, em sordido tumulto, Um lymbo verde e escuro onde occulto Estava um ceu tão rico de belleza!...

Consolos não te dou, que não existe Quem de lagrimas suas nunca enxuto Possa as d'outro enxugar: Não póde allivios dar quem vive triste, Mas é-me dôce a mim chorar, se escuto Alguem tambem chorar.

Vi-lhe em poucas palavras dizer quanto Ninguem diria em muitas: mas eu chego A espirar de ouvir a doce fala. Oh mal o haja a Fortuna, e o moço cego! Elle, que os corações obriga a tanto; Ella, porque os estados desiguala. A Morte, que da vida o desata, Os nós, que o Amor, cortar quizera Co'a ausencia, que he sôbre elle espada fera, E co'o tempo, que tudo desbarata.

Mas não sei se vos felicite, oh Pais veneráveis! Outros irmãos vossos ficaram na espessura das árvores e a sua vida é doce.

Fundiu-se em torrente a neve que cobria de doce alvura a aspereza da montanha. Nuvens negras do sul que o vento apressa, jorraram o seu dilúvio sobre os campos. A inundação cobriu sebes e vales, e a seara, o prado e o burgo que agasalha o cavador, os jugos e as enxadas.

Ignota languidez suavisou-lhe o fogo do olhar. As tranças negras desprenderam-se-lhe e fluctuaram-lhe nas espaduas. Os labios descerraram-se, e a sua voz doce e melodiosa suspirou, como um triste queixume os versos: N'este meu seio embebe-se a vossa frecha ardente, e a mão omnipotente me opprime em seu furor.

O quadro onde se desenha a nossa vida nunca nos parece tão bello, como quando n'elle apparece tambem um traço da vida d'aquella a quem amâmos. M.me de la Tournelle e Ronquerolle não fugiam á regra geral, á lei commum, doce lei que ordena áquelles que se amam que tudo sintam em commum, prazeres, alegrias, desgostos e tristezas. Os dois amantes não podiam encontrar-se na sociedade.

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