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Augusto de Carvalho leva á conta de falta do trabalho e da miseria; e para que se não diga que baseamos em factos isolados as nossas considerações, vamos transcrever o seguinte importantissimo artigo do Diario do Rio de Janeiro, publicado em julho de 1877: «Parece que o desenvolvimento das nossas vias rapidas de communicação tem sido fatal, debaixo d'um ponto de vista, para as principaes povoações que o vapor vae collocando em convivencia quasi diaria com a nossa cidade.

«Eu tomei rapé com excesso por espaço de vinte annos, por conselho de medicos, e por habito, gosto, vicio ou paixão, quando principiei em Lisboa o culto soberano do sagrado lausperenne ao Santissimo Sacramento no anno de mil oitocentos e cincoenta e oito; era eu para o exaltar, não tinha acolyto, nem ministro, dizia missa diaria, adorava duas vezes por dia com treze luzes de cera sendo uma de azeite, rezava o officio divino, escrevia, trabalhava, compunha, e via-me na necessidade de vigiar de dia e de noite as luzes de cera e azeite que ardiam diante da divina magestade do Santissimo, e de lavar a casa da minha basilica; e por isso dormi poucas horas, e sempre vestido no decurso de dezeseis para dezesete mezes de continua e incessante adoração, sem uma falta, e deixei o uso do rapé por decencia e reverencia até o dia de hoje sem quebra, e sem perigo, sem saudade e sem pezar.

«Se não acreditamos, com o Liberal e com a Provincia, que para estygmatisar tão grandes monstruosidades, seja necessario dar-lhes curso forçado estampando-os nas columnas da imprensa diaria para estender a sua circulação e perpetuar a nossa vergonha, é do nosso primeiro dever perguntar á policia se de tantos pasquins que se distribuiam até no theatro e no largo da Cathedral (!) conforme nos asseguram pessoas de confiança, se de um não pôde descobrir os auctores ou distribuidores?

E com effeito, ella, ao sair de manhã a buscar á loja a sua provisão diaria, não ouve os dichotes com que a principio alguma bôcca menos polida lhe feria os ouvidos e que muitas vezes lhe faziam marejar de lagrimas os olhos.

Vou reproduzil-a, para que não fique perdida na volumosa collecção de uma folha diaria: «Em resposta á estimada carta de v. , tenho a dizer-lhe que o infeliz Jorge de Castello Branco falleceu em casa de D. Anna Corrêa, a companheira do Nuno, no dia 10 do corrente mez, ás 6 horas da tarde, e enterrou-se no dia 12, assistindo alguns visinhos.

Teu marido fugirá de ti; elle, que anda cansado da faina diaria, quer as noutes tranquillas, os somnos fartos, as placidas madrugadas; repugnam-lhe os primeiros trabalhos que a creança tem que dar por força á mãe, que fôr mãe, na accepção plena da palavra.

Na realidade, por diversas vezes a imprensa diaria tem noticiado uma ou outra tentativa sympathica, no sentido de construir habitações baratas e hygienicas para os pobres ou para os operarios; o municipio tem approvado projectos de edificações economicas; até mesmo no Parlamento se tem discorrido sobre este assumpto de interesse capital para a maioria da população nos centros industriaes

A imprensa diária tem olheiros que superintendem em estupros, facadas, roubos e incestos; mas a alçada d'estes espias não chega até ao esquife do defunto sem testamento. Ferreira Rangel chegou ao cemiterio ao fechar de uma noite orvalhada de dezembro. O coveiro estava prevenido e a postos. Não havia que esperar garganteações de psalmos. A fossa da valla dos pobres estava aberta.

Semelhante ao jogador que faz da banca meio de vida, e que sopeando os impulsos do vicio, se levanta com um pequeno ganho que lhe assegura a sustentação diaria; assim eu, contendo os instinctos de caçador, deixei muitas vezes a caça que podia matar; fazendo sôbre mim supremo esfôrço, para não proseguir n'um prazer, que destruiria ao mesmo tempo as munições pouco abundantes, e a caça necessaria ao meu sustento futuro.

O apparecimento de meu novo livro fez-se com a etiqueta, ainda hoje em voga, dos annuncios e remessa de exemplares á redacção dos jornaes. Entretanto toda a imprensa diaria resumiu-se nesta noticia de um laconismo esmagador, publicada pelo Correio Mercantil: «Sahiu