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A franceza, muito desengonçada, d'olhos pardos, irritante de magreza, quasi diaphana, coberta de signaes postiços, ouvia-lhe distrahidamente uma tolice qualquer, abrindo e fechando o leque, com as suas mãos cobertas de pelle de Suède, que rescendiam heliotropo. A espaços: Oh, que c'est charmant!

Era a lua que se alevantava serena do topo das serranias, ostia branca erguida na reconcentração intima dos mundos. Á luz diaphana e branda, que devaneios principiados e interrompidos no vago das aspirações que não têm realidade! que confissões vehementes, que palavras sentidas, que protestos fogosos, apaixonados, gerados pelo influxo da saudade e da melancholia!

Sim! eu devia identificar-me tanto com as coisas ecclesiasticas e submergir me n'ellas de tal sorte, que a titi, pouco a pouco, não podesse distinguir-me claramente d'esse conjunto rançoso de cruzes, imagens, ripanços, opas, tochas, bentinhos, palmitos, andores, que era para ella a Religião e o Céo; e tomasse a minha voz pelo santo ciciar dos latins de missa; e a minha sobrecasaca preta lhe parecesse salpicada d'estrellas, e diaphana como a tunica de bem-aventurança.

Nada mais consolador e fortificante do que recordar nomes queridos e saudosissimos e relembrar sitios, onde, na despreoccupação dos annos, na suavidade bucolica de Virgilio, vivi as minhas primeiras illusões, povoadas pelas abelhas do Himeto, como o philosopho que da sua torre de marfim o mundo côr de rosa, através uma atmosphera diaphana e transparente. A supremacia moral

Do seio da matta, sóbe, expirando á distancia, o canto jovial da tapuia; e ali perto, qual ironia da floresta, uma ave sibila persistente a escarninha palavra que lhe deu o nome: Bemtevi! Velas soltas, bandeira topetada no mastro grande, o minusculo hiate de Alfredo singrava galhardo as aguas do Guajará, em rumo do oceano. Manhã clara, d'uma belleza diaphana e prazenteira.

Podem apagar o Sol e as estrelas, bastam-me os olhos da minha amada! Le second soleil! Le second soleil. Ó filha d'Israel, ó vestal impolluta! Serena como a côr diaphana do azul O rebelde da Luz vencêra Deus na lucta Se armara contra os ceus teus cabellos do Sul. Filha de Cham e Loth, tu és o ideal vivo! São dous cravos de luz, dous limpidos espelhos, A luminosa cruz onde me ensanguentei!

Um prato esmaltado da mais diaphana e transparente porcelana do Japão equilibrava-se sobre um fructeiro de louça das Caldas, onde se traduzia a ridicula vaidade do oleiro, que quizera rastejar no colorido e nos embautidos cambiantes das côres, e pela opulencia dos debuxos e ornatos, com os preciosos trabalhos ceramicos de Bernardo de Palissy.

Havia na morgadinha um mixto de candura e de ironia, certa delicada reserva fluctuando, como uma sombra diaphana, na conversa familiar, a que tão espontaneamente se dava; um visivel conhecimento dos usos e etiquetas sociaes, e ao mesmo tempo uma coragem para cortar por elles, como quem se sentia sobranceira a toda a ousadia, inaccessivel ás suspeitas dos mais atrevidos: havia tantos enygmas n'aquella sympathica indole feminina, que poucos seriam impassiveis deante d'ella.

Attento ao vago som, porém, a pouco e pouco Senti que era uma voz disforme e sensual, Soltando uma canção n'aquelle accento rouco Da triste inspiração alcoolica e brutal!... Ó terna vagabunda, enamorada lua! Emquanto ias assim, diaphana e sem véo, Uma triste mulher passava, então, na rua Cuspindo uma porção d'infamias para o céo!

Ella, diaphana, duma transparencia de visão, segurava numa das mãos a mascara que tinha como que á espera, do mesmo passo que applicava ás narinas brancas compressas humidas de ether. E a boca, da côr das farripas do algodão, delia-se em risos de madrugada, expressões de sentimentos sobrenaturaes. O ether, fluindo livre, parecia vagá-la pelo espaço; arrebatá-la pela altura.

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