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O Custoido barregava escontra o padre a dezer que foi elle que o metteu co'aquelle ladrão, que era uma coisa por demais! Mas o padre esguipou-se que ninguem soube mais d'elle! Julio de Montarroyo relacionava mentalmente todos estes factos e procurava o fio mysterioso que devia explical-os.
Eu bem lhe dizia que não se fiasse, que aquillo era tramoia que lhe queriam armar... Mas elle, que tinha aquelle genio de espirra-canivetes, começou logo a atirar co'aparelho ao ar, a dezer que ia matar sete e esfolar quatorze e nem á mão direita de Deus Padre fui capaz de ter mão n'elle!
Elle diz que é ao sr. doutor Gustavo. Ah! então é comigo... Não disse o seu nome? Não quiz dezer...
Quero dezer, minha senhora, eu jejuo...
Ella deu-me essa carta muito afflicta p'rá vir trazer á senhora madre, porque ella foi p'ra lá tratar de uma probe senhora que está lá a morrer... E díxe-me de bôcca: «Diga á madre Paula e senhora na presencia que lhe mando pedir se ella me póde fazer o favor de cá vir fallar commigo, que eu pago todas as despezas de camboio e de carro p'ra cá e p'ra lá, que é um negocio de muita circumstancia e de muito interesse p'rá santa religião, o que lhe eu quero dizer... Agora a senhora madre lá verá... Mas ella dixe-me isto co'uma cara tão afflicta, que eu inté lhe dixe: Esteje descançada, menina, não se affleija, que a snr.^a madre Paula não tem caratle de dezer que não a uma coisa d'essas...»
Julinho, chego aqui, e não me quer acuarditar?! Eu serei capaz de lhe dezer uma coisa por oitra, sr. Julinho? Está bem, mestre... tornou Julio Não vale a pena zangar. Eu vou immediatamente cumprimentar essa senhora... Olhe lá, ó sr. Julinho observou o sapateiro detendo-o quando elle ia já a transpôr a porta do quarto eu enganei-a! Enganou-a?
Ella aqui está... Agora o sr. Julinho diga o que tem a dezer, e se eu fico por mentiroso, é o mesmo... Se quer ó menos, intrujei, mas foi p'ra estifazer a ultima vontade a vossa incellencia... Agora já póde morrer descançado. Mas venha cá, Tomba, como arranjou você a carta de Helena de Noronha? O sapateiro arregalou os olhos: A carta da sr.^a D. Helenia? A carta não é d'ella! Como não é d'ella?
Comigo?! tornou a exclamar Julio de Montarroyo, de cada vez mais espantado. Tal e qual como eu lhe estou a dezer, sr. Julinho! Pode-se acuarditar em mim, porque eu ouvi lêr a carta e escorda-me como se fosse hoje tudo quanto ella dezia... E elle acreditou!
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