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Ó patrão! murmurou elle, n'uma ancia de desabafar. Permaneci indifferente, por dignidade. Elle tornou: Ó patrão! Que é, homem? Vamos á procura de diamantes, patrão! atirou-me elle ao ouvido. Diamantes!? Boa! Então ides para o lado opposto. Devieis metter direito ao sul, para as Diamanteiras. O Bechuana baixou mais a voz: Ó patrão! Já ouviu fallar das serras de Suliman?
O alfaiate voltou-se então para os cortezãos, conselheiros e letrados do desembargo d'elrei, e disse: "Senhores, a mim deram carrego estas gentes que aqui estão junctas, de dizer algumas cousas a elrei nosso senhor, que entendem por sua honra e serviço; e porque é direito escripto, que sendo as partes principaes presentes, o officio de procurador deve de cessar no que ellas bem souberem dizer, vós outros que sois principaes partes neste feito, e a que isto mais tange que a nós, devieis dizer isto, e eu não; porém, não embargando que assim seja, eu direi aquillo de que me deram carrego, pois vós outros em ello não quereis pôr mão, mostrando que vos doeis pouco da honra e serviço d'elrei.... "
O Infante depois de lhes aguardecer sua ida e tenção, lhes disse: «Amigos, sabei que n'este caso acordastes mais o que quizestes, que o que devieis; porque eu n'elle para o que a mim cumpre tambem não posso fazer se não o que devo, que é d'este cargo não me antremeter assi absolutamente, sem meus irmãos e sobrinhos, e sem os procuradores dos tres Estados que para isso são chamados.
Lembrae-vos da Serpente, que enganou nossos primeiros paes: foi com palavras sonoras, com promessas de gloria e de ventura que ella perdeu a ambos. Dado que para vós não houvesse liberdade e elles vo-la offerecessem á custa de perpetuo damno, devieis tê-los por vossos destruidores.
Macrobias á espera que a morte viesse n'um beijo perfumado cerrar-vos para sempre os olhos, como devieis soffrer, cabeceando, sacudidas, empurradas brutalmente uma contra a outra pelas mollas duras, aos safanões das sob-rodas da calçada!
Vós sós devieis adornar os prados. Não pódem dous oppostos juntos ser: Onde se põe giesta, que he lembrança, Junto do rosmaninho, que he 'squecer? Bem peza do leve álamo a mudança; Do roxo goivo anima o pensamento Do cypreste odorifero a esperança. O trevo, que he sentido apartamento, Cérca o mangericão, que se interpreta Memoria a quem offende o esquecimento.
Se para merecer minha pena me não falta mais que viver contente della, ja logo ma podeis consentir; pois que de nenhuma outra cousa vivo triste, senão por não ser para tão doce tristeza. Se tendes por offensa commetter tamanha ousadia; por maior a devieis ter, se a não commettesse; que amor acostumado he fazer os extremos á medida das affeições, e as affeições á medida da causa dellas.
Vós dizeis que um monumento forçosamente ha-de ser inútil. Esta condição absoluta tinheis obrigação de demonstrá-la. Havia de levar-vos algum tempo. Devieis começar por destruir metade dos monumentos do passado, que vos desmentem. Achastes mais facil attribuir aos adversarios a proposição diametralmente opposta, de que todo o monumento deve necessariamente ser útil.
Senhor Fontes, dous instinctos A natura em vós relata; A não serdes o Fomento, Devieis ser acrobata. Beatus venter qui te portavit, Diz a patria na sua expansão! Desde o Vistula ao Douro retumbam Algazarras de rouca ovação! Gloria, gloria ao rasgado Fomentador immortal! Modelo dos bons bigodes, Permanente carnaval!
Lembra-te que fallas diante de um principe de sangue. Principes e monarchas não os respeito nem acato senão pelo esplendor das suas virtudes. Onde está o rol das vossas virtudes? Foi benefica a missão de que vos encarregou o Deus que sempre tendes á flor dos labios e a que nunca ergueu altares o vosso coração. Deus mandou-vos amar o proximo. Devieis ser o auxilio e não o latego do povo.
Palavra Do Dia
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