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O inventario feito, a pilhagem executada por ordem superior, viu com profunda amargura os preciosos Grão-Vascos desprendidos das paredes seguirem, com os azulejos hispano-arabes que foi possivel arrancar, a pouca mobilia rica que havia, os livros e as tapeçarias de valôr, encaixotados, segundo diziam, para os museus de Lisbôa... Eram livros velhos aos cantos, pelos corredores, bahus e caixões devassados e esvasiados...

Arribou-se á ilha Gomera; praticaram-se os reparos das caravellas, refez-se a aguada, carregou-se lenha e conseguiram-se algumas provisões. Continuou-se a viagem, e agora rumo directo de oeste, entranhando-se em mares não devassados ainda nem pelos Portuguezes, que se achegavam ás costas africanas para as correrem para o sul, e descobrir-lhes os portos e ancoradouros.

Devia, com certeza, ter-se fundamente impressionado a Europa com as novas continuadas de expedições effectuadas por hespanhóes e portuguezes em mares nunca até alli devassados, e descobrimentos de terras inteiramente desconhecidas. Portugal começara ao principiar o seculo XV. Unica nação persistira, durante elle, em aprestar e atirar ao oceano uns apoz outros navios.

Houve, porém, um homem na côrte de D. Manuel, mais audaz, por ventura que outros, que acariciava a idéa de dar a volta ao mundo por mares ainda não devassados de europeus. Era a idéa predominante no espirito dos navegadores achar a passagem para o mar do Sul que incurtaria o caminho para a India.

Á India sem passar por terras do arabe ou do persa, e sem necessitar dos navios de Veneza. Rasgado se offerecia então o horisonte. Devassados os mares até ao cabo Negro, eram vasto campo para largas experiencias e pleitos de ardidez.