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Todos nós nos lembramos do Julio passeando com o filho pela mão, muito ufano d'essa creança de calção e blusa, a quem falava curvando-se, a quem sorria escutando-a. Uma palavra de saudação amavel dita a esse rapazinho, desempenado e de feições miudas, valia mais para Julio Cesar do que o referirmo-nos com louvor ao seu livro mais querido, Os contos ao luar.

Por seu lado D. Miguel, com o seu porte desempenado, o seu enthusiasmo vibrante, a sua brutalidade attrahente, como apparecia aos contemporaneos portuguezes; com o seu sorriso meigo, a sua conversação acanhada, os seus accessos de furiosa gesticulação, o seu todo seductor, como o viu e nol-o descreve Madame de Lieven, encarnou aos olhos do vulgo muito mais o velho regimen colonial do que o obsoleto direito divino.

A postura de abatimento que lhe tomára o corpo, o olhar melancolico, fito nas orelhas do macho, a indifferença, a taciturnidade ou o manifesto mau humor, que nem as bellezas e accidentes da paizagem natural conseguiam desvanecer, o obstinado silencio que apenas de quando em quando interrompia com uma phrase curta mas energica, com uma pergunta impaciente sobre o termo da jornada, contrastavam com a viveza de gestos e desempenado jôgo de membros do pedestre, com a sua torrencial verbosidade, a que não oppunha diques, e com as joviaes cantigas e minuciosas informações a respeito de tudo, por meio das quaes se encarregava de entreter e ao mesmo tempo instruir o seu sorumbatico companheiro.

Elle era um moço bonito como na côrte não ha, tinha os olhos e os cabellos da côr do jacarandá. Um porte airoso, engraçado, rapagão desempenado de metter inveja a cem! se na estrada elle passava, a moça que o espiava lhe ficava querendo bem. Mas elle guardava firme no fundo do coração pela bella Margarida a mais ardente paixão.

E o outro não se mexeu, que ele comia-lhe a alma! comentavam convictos. Como esta, muitas outras. E foi talvez por estas proezas que a sua figura adquiriu para a velhice o jeito desempenado que tinha. Estava com 60 anos e a sua atitude viril impressionava ainda agora.

As suas cartas mitigariam a sua saudade, e ella havia de lel-as com tamanha devoção, evocal-o com tanto amor, que a leitura seria afinal uma conversa entre ambos, elle a enxugar-lhe os olhos com beijos, e ella a lavar-lhe as faces com lagrimas. então elle era quasi um homem, alto e desempenado, uma pennugem leve prenunciando um bigode negro, que seria talvez farto e provocador como o do pae.

O lavrador e seus amigos rosnaram algumas pragas, mas tiveram de as engulir em sêcco e de ficar. Antonio da Cruz, guapo e decidido, trajava bem suas galas domingueiras, e dava-se ares de moço mui desempenado debaixo das abas do chapéu novo de Braga.