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Espero que não tenha deixado adormecer em si tão profundamente os sentimentos de honra, que não comprehenda já este dever da minha parte. Nenhuma resposta ainda. Mr. Richard, que conhecia o filho, percebeu que em vão esperaria d'elle defeza ou desculpa. Saiu portanto do quarto.
Segundo o ponto de vista da edade média, a mãe não devia attender senão á alma de seu filho. Era preciso fazer d'elle um santo, e as mais das vezes só se fazia um bandido. E que o alvo a que se tendia era estupido e anti-natural e os meios de que se usava eram inteiramente contraproducentes. Hoje a mãe já não tem desculpa nem da sua ignorancia propria, nem da ignorancia da sua época.
Beijo na face Pede-se e dá-se: Dá? Que custa um beijo? Não tenha pejo: Vá! Um beijo é culpa Que se desculpa: Dá? A borboleta Beija a violeta: Vá! Um beijo é graça Que a mais não passa: Dá? Teme que a tente?
Não tinha o facto em si apparentemente nada de anormal; aquella pessoa era nada mais e nada menos do que uma das suas primas mais intimas, quasi uma irmã, a jovem marqueza de Chalinhy. Era então uma desculpa por não querer andar comigo... Reconheço bem que está mudada. Tem suspeitas.
E tambem é aphorismo de moral, applicavel outrosim a coisas litterarias: que para a gente achar a desculpa aos defeitos alheios, é considerar é pôr-se uma pessoa nas mesmas circumstancias, ver-se involvido nas mesmas difficuldades. E porque será isto?
O Conde começou a separar os livros em duas classes: a dos livros uteis e a dos livros inuteis. Os livros inuteis transformaram-se em calor, e, quando o Conde via as paginas amarelladas torcerem-se sob a acção do lume, olhava para ellas tristemente e depois, erguendo os olhos para o retrato do avô, dizia mentalmente, como que pedindo desculpa: São os peores.
Depois retirou-se, dizendo: «O senhor Dumont pede desculpa de o fazer esperar algum tempo. Esteve muito incommodado esta manhã mas virá o mais breve possivel...»
Generoso até ao perdão, o morgado de Castro-d'Aire, compondo o rosto com gesto grave e melancolico, dirigiu-se a Thereza, e pediu-lhe desculpa da frieza que elle disse ser como a das montanhas, que tem vulcões por dentro e neve por fóra.
A leitura d'estas palavras, que são, para a egreja catholica, a desculpa do padre celibatario, fez cahir o livro das mãos de Alvaro, e obrigou-o a dizer, em consternadora exclamação: Oh meu bom Deus! quando terão fim os meus remorsos?!... Quando poderei deixar a vida esperançado no vosso perdão, oh Senhor Misericordioso?!...
Pella gente Galega, & Castelhana, Desse bom Rey Ramiro o esforçado, Dos quais Reys ambos, a Historia emana. Recebe pois Senhor esclarecido, A obra, que o Author te apresenta, Com amor, humildade, & cortesia. Como que se desculpa de atrevido. O que por paga toma, & se contenta, Por servir a tam alta Senhoria.
Palavra Do Dia
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