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Delfim Guimarães facilmente reconheceu que, embora pudésse admittir-se que a educação litteraria dos dois poetas tivesse sido a mesma, não era possivel que as suas tendencias esteticas fossem por tal maneira similhantes, que os seus versos chegassem a confundir-se. Um d'elles teria sido seguramente o imitador do outro.

E mais tudo foi pouco quanto disse, Pondo os olhos no muito que meu fado Nos teus, que ver desejo, quiz que visse. Alli tivera fim a triste vida, Se d'hum brando delfim, que me escuitava, Não fôra, por ser tua, soccorrida. Parece que tambem vencido estava Do mal, de que me via andar vencido, Quem em tamanho risco m'ajudava.

Luiz de Souza, este pedido deveria ter lugar antes da conquista de Arzilla , época em que o Delfim ainda não era nascido, ou se o era , poucos mezes contava ainda, não podendo por forma alguma ter quinze annos, como affirma o chronista, pois nasceu em 1470.

Subsidios para a história da literatura portuguesa, por Delfim Guimarães. Lisboa, 1908.

Caminhava tudo em doce paz quando Delfim Guimarães, publicando o livro de que nos occupamos, desfez a lenda, tombou os castellos e pôz a cousa nos devidos termos. Mas vamos ao que importa.

Admirador entusiastico, apaixonado, de Bernardim Ribeiro, Delfim Guimarães apurou um facto da mais alta importancia para a historia literaria do seu paiz: que Christovão Falcão e Bernardim Ribeiro são uma mesma entidade.

Traduziu a Dama das Camelias, de Dumas, filho; reviu e publicou as Saudades de Bernardim Ribeiro e as Trovas de Crisfal, do mesmo auctor. Fundou e dirige a Bibliotheca Classica Popular. Collaborou longo tempo na Mala da Europa, Provincia, O Lima, Chronica, etc. Varias obras de Delfim Guimarães teem 2.^a edição, estando algumas outras exgotadas.

Esse nome é Bernardim Ribeiro e entrelaçado n'elle apparecerá d'oravante o de Delfim Guimarães, que acaba de restituir a obra do immortal bucolista á sua primitiva integridade. Antonio Ferreira «Bernardim Ribeiro»

Outras razões, porém, antes do trabalho de Delfim Guimarães, me levavam a pender para o arrocho da não existencia poetica de Christovam Falcão.

«Desembarca em Lisboa, no Porto, ou em outra qualquer barra d'este reino um medico estrangeiro, não disse bem, um estrangeiro metido a medico; antes que ponha o em terra, o bom do homem tem mandado encher as esquinas de editaes em que publica remedios infalliveis para todos os achaques... Entra-se um d'estes por casa de um illustre, de um nobre, de um ecclesiastico; mas nunca de um pobre; e se ha achaque na casa, começa logo o parabolano a desenrolar promettimentos, e que foi fortuna chegar elle a tempo em que podesse emendar o que os medicos tinham errado; porque a queixa elle a conhecia, por ter feito, similhante cura na pessoa do delfim de França, e vencido o mesmo achaque no principe Eugenio, ou em outro qualquer personagem d'este calibre; por que similhantes physicos nunca se fazem medicos ahi de qualquer tudesco de morte; mas as suas experiencias sempre tem sido observadas, ou nos palacios dos principes, ou no serralho do grão turco.

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