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Deixei-me enterrar no esquecimento de v. m. crendo me sería assi mais seguro: mas agora que he servida de me tornar a resuscitar, por me mostrar seus poderes, lembro-lhe que huma vida trabalhosa he menos de agradecer, que huma morte descansada.

Corri a baranda em toda a sua extenção; tudo apagado, tudo fechado, dormia tudo. Dominava-me uma raiva glacial. Á custa de tudo, eu queria remirar esta mulher que eu detestava com o coração, com a alma, com os sentidos, com todo o meu ser. Mas ir até ella, como? Pendurei-me na rampa, e deixei-me cahir ao jardim.

Deixei-me cegar por ella; Quanto e como então vivia Ao grato e doce calor D'essa que assim me perdia, Não sei; porem sei que um dia, Num'hora de maldição, Não vi mais no firmamento O seu mentido clarão. Desvairado em tal momento Fugi sem norte e sem tino; Mas quem foge ao seu destino!?

Não, principe, não a tivemos por , affirmou Maria Alexandrovna. Tinhamos a morrinha, meu tiozinho, interrompeu Mozgliakov, que se quer tornar conspicuo. Maria Alexandrovna méde-o com olhar sevéro. Ha de ser isso... a mo... mo... rrinha ou coisa que o valha. E vae, eu então deixei-me ficar. E seu marido, minha que... querida Maria Nikolaievna, ainda está na ma... a... gistratura?

E vai se não quando, meu amiguinho e senhor morgado, veiu a fidalga á sala assignar o recibo, e p'ra'qui p'racolá, palavra puxa palavra, eu deixei-me estar ao cavaco com ella e com a prima, e jantei n'esse dia, e fiquei p'ra a noite. A fallar-lhe a verdade nua e crua, como o outro que diz, eu não sei o que sentia no interior! Que diabo é isto que eu sinto? disse eu c'os meus botões.

O sol foi subindo e até ao meio dia andei leguas. O coração batia-me tanto, que me fazia doer. Não parei. Ia á doida, sem destino. Bateram na villa ave-marias. Dei por mim a quatro leguas da aldeia. Calaram-se os passaros; as papoilas das estevas enrolaram-se para dormir; anoiteceu, e eu deixei-me ficar toda a noite na charneca, a tremer de susto e de frio.

Casaram-me, deixei-me levar porque era uma creança, vivia na aldeia, e sonhava com os vestidos e os bailes, e os theatros do Porto. Depois, teu pae... teu pae adorava-me, dava-me mais do que eu ambicionava, e sem saber como, nem porque, contentei-me tanto com a minha sorte, que não invejava a de ninguem. Tinha vaidade em ser bonita, vestir com gosto, e chegar onde as mais ricas não podiam chegar.

Aninhei-me a um canto da carroagem, estupidificada pelo assombroso do caso, e deixei-me transportar como um fardo, sem vontade nem iniciativa; era mais um volume a acrescentar aos inúmeros sacos, malas e maletas que abarrotavam a diligencia alugada por conta da minha enorme tia. De pouco me recordo dessa jornada triste que me levou a Lisbôa.

Quando me encerrei no meu quarto escolastico, e que meditei na transformação, que, em tão breve lapso de tempo, se operára na minha vida moral, senti-me succumbir; arrastei-me para junto da janella, que olhava para o Mondego, e alongando a vista por aquelle formoso quadro, tão poetico e tão melancolico, deixei-me dominar completamente pela vehemencia da saudade, que me opprimia, e assim permaneci por espaço de muitas horas.

Mas faze-me a vontade; eu não posso vêr ninguem a chorar. E o bom velho passava-lhe com carinho a mão pela cabecita loira. Sabes? Eu tambem chorei quando era novo, quando não conhecia ainda o mundo. Mas depois que comecei a tomar conhecimento d'este mundo todo de enganos, deixei-me d'isso. Se fosse a chorar todas as vezes que tinha motivo para isso, então não fazia outra vida.

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