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Ah! deixa-me em paz, esconde a tua garra tigrina, ó monstro que te chamas Gloria, se não queres que o meu desprezo esmague o teu coração tão abundante de sangue que chega para o mundo todo! Foram sonhos os primeiros annos da vida, sempre sonhos, deixai-me dizer-vol-o assim, phantasticamente realisados.

Doces lembranças da passada gloria, Que me tirou fortuna roubadora, Deixai-me descansar em paz hum'hora, Que comigo ganhais pouca victoria. Impressa tenho na alma larga historia Deste passado bem, que nunca fôra; Ou fôra, e não passára: mas ja agora Em mi não póde haver mais que a memoria.

Apezar de ausente e refugiado em Hollanda, fostes relaxado comtudo em estatua no auto de de 6 de Abril de 1643, e inscripto o vosso nome no livro dos condemnados á morte. Nada me resta portanto no mundo? exclamou Moraes. Deixai-me então rogar a Deos tranquilamente nos poucos instantes que me sobrão de vida, para que me conceda a sua graça infinita!

E a voz que fallava assim ergueu-se ainda para amaldiçoar, mas falleceu-lhe a força, e á maneira do vagalhão que rossa a nuvem rugindo, subita recaiu e expirou em prolongado gemido. Mas logo um brado novo retumba mais estridente ainda, e, eu, ouvindo-o, não distinguia se era oração, se blasphemia. E bradava: Creio na vossa justiça, meu Deus; mas deixai-me crêr na vossa misericordia.

Ninguem!... Sómente a paz religiosa Da verdade!... graça harmoniosa Da virtude!... Sómente o ar suavissimo Do bem!... O perfumado e o dulcissimo Aroma a castidade.. que trahi!... Ah! Como se respira bem aqui!... Deixai-me que, aspirando a longos tragos O balsamo do amor e dos affagos, Eu bem me purifique no sacrario Que envolve o precioso relicario Do natural, do justo, do acceitavel! Ah!

A doce, igual harmonia, A imaginação fogoza, Depuzerão contra vós, E vos chamão mentiroza. Se occulto, fyzico acazo Branqueou huns fios de oiro, Vosso vingador Apollo Os cobre de mirto, e loiro; Quem marcha ao lado das Graças, Não sabe o que he fria idade; Deixai-me dizer a mim Essa funesta verdade;

Elle vive!... mas eu... vou morrer... morro n'este instante, ó consoladora dos afflictos, se me não daes algumas horas de vida em troca de tantas dôres, e de morte tão custosa nos meus annos, com tanto amor e esperanças a morrerem comigo! Outro milagre, Senhora! Deixai-me vêl-o... vêr o meu esposo!..» E orou uma prece inaudivel, com sorriso de esperança a embellecer-lhe as lagrimas.

Mas vossa austeridade Minha narração reprime; Ouvis-me contra vontade; Perdoai, Senhor, hum crime, De que foi causa a verdade; Pois que vos não dão desvelos Louvores, que préza a gente, Eu vou, Senhor, suspendellos; E vou dar-vos novamente Motivos de merecellos. A minha longa fadiga sabeis qual he, Senhor; Levai-me a bem, que a não diga; Deixai-me poupar a dôr De abrir huma chaga antiga.

Ajoelhou e começou a raspar com o gancho, em torno da argola. Raspou, raspou até que conseguiu introduzir a ponta do gancho sob a argola, levantal-a pouco a pouco, pôl-a a prumo. Depois deitou-lhe as mãos, e puxou desesperadamente. Nada se moveu. Deixai-me vêr a mim! exclamei com impaciencia. Agarrei, pondo toda a minha força no puxão contínuo e intenso. Escalavrei as mãos. A pedra não se moveu.

Cumprimos o que deviamos por honra nossa, com grande gloria dos christãos e a mór affronta dos infieis!... E a proposito deixai-me lamentar, que o senhor D. João II, sendo tão catholico, tenha a sua attenção distrahida para Africa, e não nos auxilie em nossa empreza!...

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