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Jorge, verá que é inutil esperar aquelle puro original da cópia que a sua phantasia vai debuxando, em quanto o coração novo e enganado lhe empresta as côres do céo.

Árvore, cujo pomo bello e brando Natureza de leite e sangue pinta, Onde a pureza, de vergonha tinta, Está virgineas faces imitando; Nunca do vento a ira, que arrancando Os troncos vai, o teu injúria sinta; Nem por malícia de ar te seja extinta A côr que está teu fructo debuxando.

Quanto mais ardente é o desejo de recordar uma physionomia, que ainda não temos bem gravada na memoria, tanto mais parece comprazer-se um maligno espirito de impacientar-nos, alterando-lhe completamente o typo, combinando os elementos physionomicos mais disparatados, debuxando a capricho o perfil, colorindo mentirosamente os cabellos e a tez, assombrando com a mais grosseira infidelidade as inflexões e os relevos.

E pendendo por cima da corrente, Outro formoso bosque debuxando Estão no fundo della brandamente. Ouve-se o rouxinol aqui, lembrando Do perfido cunhado a crueldade, Mágoas em melodias transformando. A solitaria rôla com soidade Desfaz o rouco peito, ja cansada De que não move a morte a piedade. A domestica Progne anda banhada No sangue de seus filhos, em vingança Da triste Philomela profanada.

Está-se a Primavera trasladando Em vossa vista deleitosa e honesta; Nas bellas faces, e na boca e testa, Cecens, rosas, e cravos debuxando. De sorte, vosso gesto matizando, Natura quanto póde manifesta, Que o monte, o campo, o rio, e a floresta, Se estão de vós, Senhora, namorando. Se agora não quereis que quem vos ama Possa colher o fructo destas flores, Perderão toda a graça os vossos olhos.

Que saudades se lhe não avivaram na mente, ao ver-se longe da patria e dos seus! que pavor não affrontou com o rugir da procella, e horrores do naufragio no alto mar! elle, que jámais havia ultrapassado os estreitos limites da sua terra natal! mas tambem, com que deleite, com que profunda emoção, não mirava elle, por noites calmosas, o manto do firmamento azul, magestosamente recamado de estrellas, que se lhe desenhavam por cima da sua fronte! e o sereno marulhar das vagas, quebrando-se de mansinho no dorso da fragil embarcação! e aquelle continuo acastellar de nuvens, debuxando tão ridentes e phantasticas figuras por sobre a vastidão dos mares!...

E qu'outr'hora nenhuma alegre esteja, Senão quando do seu despôjo amado Sua inimiga estar triumphando veja. Quero fallar com este, qu'enredado Nesta cegueira está sem nenhum tento. Acorda ja, pastor, desacordado. ALMENO. Oh porque me tiraste hum pensamento, Que agora estava aos olhos debuxando, De quem aos meus foi doce mantimento? AGRARIO. Nesta imaginação estás gastando O tempo e vida, Almeno?

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