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De alcançar outro bem cesse a porfia; Cesse todo applicado pensamento De tudo quanto contentamento, Pois contenta ao corpo a terra fria. Não cuides tu que o justo Julgador Deixará tuas culpas sem tormento, Nem que passando vai o tempo lento Do dia de horrendíssimo pavor. Não gastes horas, dias, mezes, anos, Em seguir de teus damnos a amisade De que despois resultão mores danos.

35 "Olha que dezessete Lusitanos, Neste outeiro subidos se defendem, Fortes, de quatrocentos Castelhanos, Que em derredor, pelos tomar, se estendem; Porém logo sentiram, com seus danos, Que não se defendem, mas ofendem: Digno feito de ser no mundo eterno, Grande no tempo antigo e no moderno.

Olhay que ha tanto tempo, que cantando O voſſo Tejo, & os voſſos Luſitanos, A fortuna me traz peregrinando, Nouos trabalhos vendo, & nouos danos: Agora o mar, agora eſprimentando Os perigos Mauorcios inhumanos, Qual Canace que â morte ſe condena, mão ſempre a eſpada, & noutra a pena: Agora com pobreza auorrecida, Por hoſpicios alheios degradado, Agora da eſperança ja adquirida, De nouo mais que nunca derribado: Agora aas costas eſcapando a vida, Que dum fio pendia tam delgado, Que não menos milagre foi ſaluarſe, Que pera o Rei Iudaico acrecentarſe.

Olha que dezeſete Luſitanos, Neſte outeiro fabulas ſe defendem, Fortes de quatrocentos Castelhanos, Que em derredor pelos tomar ſe eſtendem, Porem logo ſentiram com ſeus danos, Que nam ſo ſe defendem, mas effendem, Digno feito de ſer no mundo eterno, Grande no tempo antigo & no moderno.

E será esta a causa que nos nossos seculos a especie humana he mais piquena e mais fraca, que nos seculos anteriores? pelo menos parece ser huma cauza desta pequenhés. Atégora os danos que sofrem as Mais e os seos partos no corpo; mas os mais consideraveis e lamentaveis saõ aquelles que se imprimem no animo das crianças criadas por amas.

No reino de Bintão, que tantos danos Terâ a Malaca muito tempo feitos, Num ſo dia as injurias de mil anos Vingarâs, co valor de illuſtres peitos, Trabalhos & perigos inhumanos, Abrolhos ferreos mil, paſſos estreitos, Tranqueiras, Baluartes, lanças, Setas, Tudo fico que rompas & ſometas.

E para me atormentar Mostras-me a sombra do bem Para assi mais m'enganar? Assi que, com quanto canso, Ja não posso achar atalho, Pois que o somno quieto e manso, Que os outros tẽe por descanso, Me vem a mi por trabalho. Pois ha hi tantos enganos Que condemnão minha sorte; Não o tenho ja por forte, Se á volta de tantos danos Viesse tambem a morte. Aqui entra ElRei com o Physico, e diz: REI.

Mas dous sylvestres deoses, que trazião O pensamento em duas occupado, A quem de longe mais que a si querião, Não lhes ficava monte, valle ou prado, Nem árvore, por onde quer que andavão, Que não soubesse delles seu cuidado. Quantas vezes os rios, que passavão, Detiverão seu curso ouvindo os danos, Que aos proprios duros montes magoavão!

79 Olhai que tanto tempo que, cantando O vosso Tejo e os vossos Lusitanos, A fortuna mo traz peregrinando, Novos trabalhos vendo, e novos danos: Agora o mar, agora experimentando Os perigos Mavórcios inumanos, Qual Canace, que

«Na Carta, que escreveu estando preso, e mandou áquella com quem estava casado a furto, diz Christovam Falcão: Mal cuja dor se não crê de prisão e de ausencia! ............................. Bem se enxerga nos meus danos que estou preso ha cinco annos, afóra os que heide estar...

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