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Quando se retirou rico do theatro, declarou elle aos seus admiradores que morrera na rampa e ia resuscitar na barra, a mais eloquente de quantas conversaram com o genero humanal depois da outra biblica. João de Deus, o excellente poeta, cantava d'est'arte, ha 15 annos, em Coimbra o dadivoso prestigiador: Herrmann! Herrmann! espantas-me!

O marquez, illustrado e dadivoso, agasalhou o foragido noviço com tanta cortezia como caridade, sentando-o á sua mesa e provendo-o das coisas que lhe escasseavam, na crise em que a fome apalpava os portuguezes menos protegidos. Comprazia-se o provinciano em convivencia d'alguns fidalgos, commensaes de Alorna, taes como o marquez de Loulé, o conde de S. Miguel e D. Luiz de Athaide.

Solitario na sua vivenda, elle tinha por familia o seu rebanho, com quem, por quem, e para quem, vivia; sempre lhano, sempre dadivoso da sua pobreza, sempre paschoas-florídas para grandes e pequenos, temido dos maus, ainda que tambem d'esses respeitado.

Entre o rapaziada fina do Porto foi por muito tempo Leonor o appetecido pomo, tanto mais cubiçado quanto era difficil colhel-o, tal era a altura em que o commendador bizarro e dadivoso a collocára. Por esse tempo appareceu Eugenio no Porto, bafejado por uma sorte rara á roleta, que em tres dias successivos o favorecera com quatro contos de reis em uma das nossas praias mais concorridas.

Ás suas qualidades e vicios sympathicos reunia o ser formoso, agil, cavalleiro como os bons, caridoso, affavel, «gran criador de fidalgos e muito companheiro com elles, cavalgante, torneador, grande justador e lançador atavolado» o jogo era uma das basofias do fidalgo medieval dadivoso para com todos, e grande agasalhador de estrangeiros.

Enfreava-os o receio de espertar em a liberalidade do coração dadivoso, defraudando-se dest'arte do quinhão que repartiam, pondo o almoxarife á porta das mercearias insoffridas a pedir-lhes que não denegassem ao refeitorio do rei de Portugal as massas e os paios fiados com desconfiança.

A força muscular, dote necessario aos principes dos bons tempos, tornava-o celebre: cortava com um golpe de espada tres e quatro tochas de cera reunidas. «Muy grande astucioso e acquiridor, sem deixar de ser inteiro e dadivoso, era muy manhoso em todalas boas manhas que um principe deve ter.» A natureza não o ajudava, decerto; e tambem, na sua educação de principe, deixava de obedecer á regra de Machiavel: «Não é necessario ser-se dotado de todas as qualidades, mas é indispensavel affectal-as; possuil-as e servir-se d'ellas póde chegar a ser perigoso: fingil-as é sempre util; seja-se fiel, clemente, humano, religioso e integro; mas de modo que, senhor de si, se possa e saiba fazer todo o contrario, quando a isso o caso obrigue.» D. João não era, nem clemente, nem humano, e não julgava necessario ao seu papel fingil-o: isso fazia com que muitos o detestassem, o que era um mal: fazendo com que, se a maior parte o temia, ninguem o amasse, o que se tornava peior ainda.