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A baroneza de Node, que disse ao cocheiro que descesse a avenida do mesmo nome, a passo, não perdia um unico gesto da passeante. A certeza do bom exito começava a abandonal-a. Uma tia das duas, a velha condessa de Nerestaing, morava no caes d'Orsay, junto da esplanada. Iria Valentina, simplesmente, visitar aquella velha fidalga? Mas não.

Diante de nós, ao trote fino d'uma egoa de luxo, passára vivamente, para os lados da rua Royale, um coupé onde entrevi, na penumbra dos setins que o forravam, uns cabellos côr de mel. Vivamente tambem, Fradique sacode o meu braço, balbucia um «adeus!», acena a um fiacre, e desapparece ao galope arquejante da pileca para os lados do cães d'Orsay. «Mulher!», pensei eu.

Lady Blenington era uma mulher de graciosa e olympica belleza, de uma extrema audacia de caracter e de alta energia intellectual. O conde d'Orsay, esse era o homem que durante vinte annos governou a moda, o gosto, as maneiras, com a mesma indisputada auctoridade com que hoje o principe de Bismarck arbitra na Europa.

Usar um modelo de gravata ou admirar um poeta que não tivessem sido aprovados pelo conde d'Orsay, seria correr o mesmo risco de uma nação que hoje, sem auctorização secreta do principe de Bismarck, organisasse uma expedição militar. Lady Blenington, entre outras coisas embaraçadoras, tinha uma filha: e o bello d'Orsay, não sei porque, nem elle o soube jámais, casou com essa menina.

Sentiu um peso no bolso do casaco que ficou preso n'um prego espetado ao contrario, e com um vomito de champagne tirou do bolso um frasco elegante de Chevalier d'Orsay. Esbofeteou-lhe o gargalo e teve um gesto de o atirar plas escadas abaixo. A torre, porém, vomitou na rua um anão corcunda emmaranhado nas vestes e que foi parar defronte n'um marco geodesico sobre o precipicio.

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