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Eu saberei quem tu és! No castello houve uma discussão animada a proposito da reunião publica annunciada. A marqueza queria por força que seu marido e o conde d'Orgefin acceitassem o desafio dos republicanos. O comité conservador decidiu por unanimidade que se deixassem sós os republicanos a fazer e a dizer o que quizessem na reunião publica.

Como, diz o conde d'Orgefin, presidente do «comité» realista, esse Ronquerolle ousa apresentar-se aqui!

Contou a Ronquerolle a scena do castello quando o marquez de «la Tournelle» lêra no «Figaro» a noticia da sua candidatura, e referiu quasi palavra por palavra os termos humilhantes com que o conde d'Orgefin fallara a seu respeito. Perfeitamente! disse Ronquerolle. Maupertuis, toma nota da «delicadeza» da linguagem do conde d'Orgefin! Redigirei immediatamente uma resposta á mensagem d'esse canalha.

Lembrando as injurias que o conde proferira, terminava assim: «Por consequencia, a redacção do «Reveil» decreta que o sr. conde d'Orgefin seja considerado como um tolo e convidamol-o a vir receber o attestado do seu novo titulo na quinta feira, 28 de junho á reunião publica que se ha de effectuar em Saint-Martin.

O bom homem era um dos nossos fieis eleitores. Vinha algumas vezes ao casteilo pedir-me conselhos e fui eu quem em tempos o levou a fazer instruir seu filho. Estou bem recompensado! O creançola cresceu e é elle quem nos vae dar combate, meus senhores! Mas não é um adversario sério, replicou o conde d'Orgefin; é uma creancice! Quem é o senhor Maximo Rouquerolle? Não existe.

Os quatro jornalistas pozeram mãos á obra. Ronquerolle, esse encarregou-se de responder ás palavras injuriosas do conde d'Orgefin.

Como tinham decidido os directores do «comité», um grande banquete se devia realizar no castello de Tournelle. Toda a nobreza da região tinha sido convidada para este banquete eleitoral que devia destruir a fortuna politica do sr. Ronquerolle, como diria o conde d'Orgefin. Foi convidado o senhor bispo de Dijon, bem como o vigario e quasi todos os curas de Saint-Martin.

Acompanhavam-o conde d'Orgefin e os srs. de Trimolet e de Nipostte, pessoas da mais alta distinção na cidade e em todo o departamento. Os cavallos do marquez passavam estrepitosamente na calçada da rua principal de Saint-Martin. Tinham passado o theatro e o café da Bolsa.

Emquanto o marquez «de la Tournelle» e o conde d'Orgefin tratavam da sua reunião plena das fôrças conservadoras, emquanto o colerico barão «des Quérelles» meditava como Machiavel e punha a sua influencia politica ao serviço das suas paixões amorosas, os tres amigos de Ronquerolle, Branche, Didier e Maupertuis, não perdiam o seu tempo.

Tal era o objecto das conversações quando, no domingo, 24 de junho, appareceu o primeiro numero do «Reveil» o jornal de Ronquerolle. Principiava por uma apologia vigorosa do regimen republicano, seguindo-se-lhe um pequeno artigo intitulado: «O sr. conde d'Orgefin». N'esse artigo Ronquerolle pregava o seu inimigo no pelourinho.

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