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Para que eu me encontre aqui, na tua casa, minha amiga, foi preciso que as forças me fugissem e a vida estivesse proxima a abandonar este misero envolucro... por tal modo desfigurado que nem tu mesma o reconheceste... Não te illudas, Aurelia... eu não poderei viver mais que alguns dias, e durante elles, deixa que eu te confie a historia das minhas desgraças, afim de que, ao recordal-as, tenhas ainda uma lagrima de compaixão para a memoria da tua desditosa e infeliz amiga d'infancia.

E se te vejo ser d'outro protestava o rapaz com as lagrimas nos olhos não sei que faça, que me não mate. E Margarida era tão cruel, que assim despresasse o seu amigo e companheiro d'infancia?! Nós veremos até onde vae a dedicação de uma mulher. Isto passava-se no tempo em que se guerreavam os partidos de D. Pedro e de D. Miguel.

O mundo que começava a perceber a existencia da intimidade entre Chalinhy e Joanna, não acreditava, sem reservas, na ignorancia da marqueza. «Finge que não percebe, por causa dos filhos...» dizia-se. A baroneza de Node, porém, sabia perfeitamente como lhe tinha sido facil abusar d'uma creatura que se julgaria aviltada por suppôr a sua companheira d'infancia capaz d'uma infamia.

Lentamente, emquanto marchava entre as maninhas plantas da serra, eu fôra evocando da nevoenta penumbra das minhas reminiscencias d'infancia, a lenda que tantas vezes tinha ouvido contar, pelo inverno, quando finda a ceia os pastores e couteiros vinham fazer circuito comnosco, de roda do brasido, na cozinha abobadada da herdade, cujas chaminés se erguiam dos tectos, como duas torres quadradas de solar.

Por unica resposta continuou Angelo a chorar e a suspirar pelos paes, pelos irmãos, pelos seus companheiros d'infancia e pelas queridas montanhas de Biscaya, onde até ali tinha vivido tão livre, tão estimado de todos e tão feliz!

Tu viverás, tu acharás ainda n'esta casa, que é tua, no meu coração que é sempre o da tua amiga d'infancia, o conforto e os affectos de que necessitas e de que os teus soffrimentos te fazem tão digna.

Joanna tinha nascido, e as suas mais longinquas recordações d'infancia mostravam-lhe o modesto palacete um antigo pavilhão de caça onde cresceu, e, por contraste, a senhorial vivenda em que habitava sua prima. Estas impressões retrospectivas accentuavam-se. Via-se ainda creança, indo procurar Valentina, á qual tinha fallecido a mãe, para a convidar a passar algumas semanas em sua companhia.

Não a conhecia nos seus detalhes, e, ainda mesmo que a conhecesse, faltavam-lhe os dados precisos para medir bem o seu effeito na alma profunda da companheira d'infancia. Conhecia ainda menos a nobreza e a candura d'uma tão bella alma. Em compensação, julgando-se senhora do criminoso segredo, occulto por apparencias de encanto e severidade, interpretou erradamente o rubôr e os modos da prima.

Quando os quinze annos de Margarida, que era mais nova dois do que Simão, vieram pôr termo aos brinquedos d'infancia, então principiou elle a olhal-a com aquelle respeito com que se olha para uma irmã mais velha. Mas vá-se desde sabendo que esse respeito não estorvava, antes acrysolava um outro sentimento, que principiava a exercer e a avultar no generoso coração do rapaz.