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Variegado, risonho, brilhante, Inda agora na flor da innocencia Vendo o mundo, sorri-lhe a existencia Atravez do seu prisma gentil: Cuida extinctas ficções encantadas, Crê perdido o seu sonho d'amores, Julga vêr desbotadas as flores Que adornavam sua harpa infantil!... ................................

Fernando, que era soberbo, aspero, intractavel, brutal, coração ao da bocca, desconfiou mas sem medir a profundeza da culpa. Ella vivia n'esse tempo inteiramente , sem amigos, nem protecções do marido, muito nova, tão cheia d'impetos! E das profundezas do seu corpo exhuberante, cheio de fecundas desordens e d'amores indomaveis, vendo-se alli abandonada, vinham-lhe furias de peccar.

Ligeira, bella Nympha, linda, irosa, Não creio que seguio Satyro, cujo brando coração D'amores commovesse fera irada, Qu'assi fosse fugindo e desprezando Este tormento, donde Amor mostrou Tão próspero comêço. Nunca, emfim, cousa bella e rigorosa Natura produzio, Qu'iguale aquella fórma e condição, Que as dores em que vivo estima em nada.

Que era d'alta geração. Logo na phisionomia, Nas manhas, artes e geito, Mostra mui grande respeito: Nem tão alta phantasia Não se põe em baixo peito. Tudo isso cuido, e vi Mil vezes miudamente; Mas estas mostras assi São desculpas para mi, E não para toda a gente. O seu moço vejo vir A nós, seu passo contado: Este he muito para ouvir, Que diz que me quer servir D'amores esperdiçado.

Não posso contar-te, pude sentil-a; Não posso contar-t'a senão a sonhar: No sonho innocente, no sonho d'amores, Do qual, duvidosa, julgavas córar. Não posso contar-t'a, nem sei se acordado O que ella dizia se póde entender; Eu sei que sonhando, pensei que era sonho, E agora acordado a não posso esquecer.

O fogão, de marmore de Nuremberg, era notavel pelo relevo das suas figuras biblicas. A mesa fôra coberta com um tapete de velludo de Gênes. O movel principal do salão era um piano Erard, construido no esqueleto d'um cravo do seculo XVIII, todo coberto de pinturas no genero das de Boucher, representando a dansa d'amores e de nymphas, n'uma paisagem celeste.

Mas ella estava completamente vestida de seda preta, e tinha sobre os hombros uma larga capa escura, de fórma arabe, com grande capuz! Ah! minha cara, disse eu, mata-se mas é d'amores. A esta hora, com essa toillette, n'este jardim, com este aroma de laranjeiras!... Que historia me vem contar d'orvalhos e de suor? Digo-lhe a verdade.

Não sei que ternas meiguices Falla a noite ao coração; Minhas horas mais felices As horas da noite são: Com ella na solidão Suspiro amor e saudades, E com ella nas cidades Não largo a lyra da mão; Suspiro, canto d'amores Entre os homens, entre as flores De noite, de dia não; Porque a noite tem meiguices, Porque as horas mais felices As horas da noite são.

Com ágoa, que cai Daquella espessura, Outra se mistura, Que dos olhos sai: Toda junta vai Regar brancas flores; Onde ha outros olhos, Que mátão d'amores. Celestes jardins, As flores estrellas: Hortelôas dellas São huns seraphins. Rosas e jasmins De diversas côres, Anjos, que as régão, Mátão-me d'amores. Menina formosa, Dizei de que vem Serdes rigorosa A quem vos quer bem? Voltas.

Eu sentado alli nas almofadas de seda d'aquella splendida e macia carruagem, rodeado de tres mulheres divinas que me queriam todas, que eu confundia n'uma adoração mysteriosa e mystica cego, louco d'amores por uma d'ellas, no momento de lhe dizer adeus para sempre... eu tinha o pensamento fixo n'uma criança que ainda andava ao collo!