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Pois Satanaz era um demente, que vos désse palacios, carruagens, banquetes, prostituições, embriaguez, poderio, a troco de uma alma inteiramente morta para os affectos; que não comprehendesse nem a dor moral, nem as harmonias suaves que ha entre o universo e o homem? Uma alma sempre em noite, e na qual nunca penetrasse a saudade mysteriosa do céu?

Passados esses tres annos, comprehendi que o teu futuro exigia-me impozesse silencio á minha dôr, e cuidasse de nossos bens, para dar-te uma bôa educação e, depois da minha morte, fazer-te herdeiro de uma riqueza sufficiente á tua manutenção. Saí, pois, do quarto, pedindo mentalmente á alma de tua mãe tomasse este sacrificio como feito por amor de ti e, por consequencia, por amor d'ella.

Levo commigo a confissão da sua ternura!... Ingrato! accudiu ella com meigo requebro. Era preciso que um instante de dor, mais poderoso que o pejo, lhe dissesse o que devia ter adivinhado!?... Não sabia que a ninguem, a mais ninguem... depois de meu pae, tenho a affeição... Porque não diz o amor!... Teme ver-me feliz?!... Pois sim!

Debalde hei buscado, com fim de o imitar, um homem meio santo e meio peccador, servindo Deus e o mundo, temendo, como eu, a miseria, a dôr, as humilhações, condescendente comsigo proprio, almejando viver no coração de outra creatura, chorando sobre as illusões esmaecidas como Pedro sobre o seu peccado. Não encontrei tal homem.

Tive um ninho e filhos pequeninos, num jardim vago, ao sol da meia-noite... Que silêncio! Sentia-o a passar por entre as garras... Ensandeci de gôzo no deserto... Ouvi a Esfinge falar, ouvi a Esfinge, quando o sol lhe fendeu todo o granito, pôs ranhuras de dor nos olhos átonos, e escancarou a bôca em rictos duros... O que eu ouvi

Deixai Portugal ser pobre que vos deixou ser bispo. Não vêdes que por Targa ser de herejes, vos fizeram do Porto? e que por o Porto não querer, vos faziam de Coimbra? As cidades são como os parentes; corre-lhes a dôr pelas veias como o sangue a ellas.

Pois não era melhor na paz clemente Do nada e do que ainda não existe, Ter ficado a dormir eternamente? Porque é que para a dor nos evocastesMas os deuses, com voz inda mais triste, Dizem: «Homens! porque é que nos criastesEspiritualismo Como um vento de morte e de ruina, A Duvida soprou sobre o Universo. Fez-se noite de subito, immerso O mundo em densa e algida neblina.

Sem esperança, sem conforto! O idylio foi-se... Vejo a dôr surgir sempre crescente.

Se quando vos perdi, minha esperança, A memoria perdêra juntamente Do doce bem passado e mal presente, Pouco sentira a dor de tal mudança. Mas Amor, em quem tinha confiança, Me representa mui miudamente Quantas vezes me vi ledo e contente, Por me tirar a vida esta lembrança. De cousas de que apenas hum signal Havia, porque as dei ao esquecimento, Me vejo com memorias perseguido.

Virgem, que era o que sentias Quando ao vento desferias Essas frouxas harmonias De um incerto murmurar? Virgem, que era o que sentias Teu santo seio agitar? Achavas o mundo um ermo, Onde ao coração enfermo Dos horisontes sem termo Não vinha uma aura de amor? Achavas o mundo um ermo, Fertil de fel e dor?

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