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E porque Gomes Borges que era escrivão da chancelaria d'El-Rei, poz nas portas da a carta que a Rainha enviou a Lisboa, foram os povos sobre elle, e tão indinados, que com difficuldade escapou da morte. Declaração que Lisboa fez de o Infante D. Pedro reger o Reino

E no começo do mez d'Abril d'este anno de mil e quatrocentos e quarenta e nove, veiu ao Infante em Penela Fernão Gonçalves de Miranda com uma grande instrução d'El-Rei, cuja conclusão foi estranhar-lhe muito algumas cousas, em especial seus ajuntamentos e o movimento contra o duque, mandando-lhe em conclusão «que se tornasse a Coimbra, d'onde sem seu mandado não saisse, e leixasse o duque sem contradição passar assi como vinha.

E que se isto tudo denegasse, que presentes notairos que consigo levava lhe fizesse em nome d'El-Rei protestações a não ser obrigado elle, nem o reino dar-lhe dote nem arras, nem outra cousa alguma.

Porque o Papa por ventura aconselhado n'isso catholicamente, consirando como El-Rei D. Fernando com a Rainha D. Izabel sua mulher eram pacificos Reis de Castella, e El-Rei D. Affonso era n'elles em forças e poder mui desigual, houve por grande mal e perjuizo da christandade conceder a dita despensação, em caso que parecesse razão por ser direito conceder-se, por não dar com ella causa e titulo de uns e outros se guerrearem com mortes de christãos, e guerras continuas que se não escusavam, o que o Papa devia evitar especialmente; que ajuda d'El-Rei de França para El-Rei D. Affonso sempre em Roma se houve por mui duvidosa.

E El Rei se foi de Miranda á cidade do Porto, onde com elle se ajuntou logo o Principe seu filho, e a Senhora Infante D. Beatriz com todolos grandes e senhores principaes do reino. E d'alli foi enviado Pero de Sousa notificar a El-Rei de França a ida d'El-Rei D. Affonso, que de todo hi foi determinada.

O congresso, que até então se abstivera de intervir nos negocios do Brasil, com receio de molestar o melindre d'el-rei e dos brasileiros , entendeu judiciosamente que não podia persistir em tal modo de proceder, agora sobretudo que a Bahia lhe pedia soccorros para se defender.

E depois de passarem alguns dias, em que d'El-Rei e dos grandes de seu reino, foi com muitas honras e festas tratado, El-Rei com os aguardecimentes que em sua ida cabiam, lhe disse: «Que pois seu serviço lhe não era necessario, que se poderia tornar para Portugal.

E como entraram na a Imperatriz se foi á cortina d'El-Rei, e com ella as Infantes suas irmãs, El-Rei se foi para a da Rainha, que por ser prenhe e ter na emprenhidão fortes accidentes se retraiu a uma capella da charolla em que ouviu missa.

E se não, vede a estimação que fizeram os reis catholicos do nosso prior do Crato D. Diogo Fernandes de Almeida, quando estando elles sobre Granada, e o prior sendo embaixador d'el-rei de Portugal, o ajudou a combater valorosamente tirando com muitos louvores d'aquella batalha feridas; e querendo-o el-rei desviar antes, porque não convinha ao cargo que trazia, lhe respondeu que, se o officio lh'o defendia, o sangue, e o animo o obrigava.

E com isto feito foram fazendo suas jornadas, até chegarem á cidade de Touro, onde o Condestabre D. Pedro houve resposta d'El-Rei de Castella, em que lhe rogava, que assi como vinha o fosse vêr, como foi, á villa de Maiorca, onde com toda sua côrte estava, e em seu recebimento lhe foi feita honra mui assinada; porque El-Rei com toda sua côrte sahiu ao receber, mui contentes de vêr um Principe em todo tão proporcionado, em que muito acrecentava a graça das ricas armas em que ia vestido.