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acredita neles quem é louca! Beijos d'amor que vão de bôca em bôca, Como pobres que vão de porta em porta!... *Ao vento* O vento passa a rir, torna a passar, Em gargalhadas asp'ras de demente; E esta minh'alma trágica e doente Não sabe se ha de rir, se ha de chorar!

Lograe do Tejo o placido ruido; Sós lograe estas veigas florecidas: Pois se perde o pastor vosso querido, Não gosteis de com elle ser perdidas. Belisa, unico bem desta alma triste, Descanso singular de minha vida, Throno donde o poder d'Amor consiste; Formosa fera, a quem está rendida D'Amor a que he mais livre liberdade, Ganhada mais, se mais por ti perdida;

Se ainda n'esse espaço, Tão longe onde tu vás, Visse um reflexo baço Da pura luz que dás; Tornaram-se-me estrellas As lagrimas de dôr; E lagrimas são ellas... Sim, lagrimas d'amor! n'esse espaço immenso Os astros como estão Bem como eu estou, suspenso Por intima attracção. Porque ha quem os attráia;

Amor, que mais e mais sempre te augmentas No coração que comtigo trazes; Amor, que d'amor puro te sustentas No fogo em que tu mesmo arder me fazes; Amor, que sem amor não te contentas, De tudo com amor te satisfazes, Quando verei, Amor, o que desejo, Para que veja, Amor, o que não vejo?

Sou como Rousseau, deitando as cerejas no avental de mademoiselle Galley, sem ousar ver os labios mais vermelhos do que os fructos, convidando-o e attrahindo-o. E o que fez mademoiselle Galley ao desastrado philosopho? voltou-lhe as costas, e foi zombar d'elle com as suas companheiras, deixando esse Tantalo d'amor a amaldiçoar a sua falta de audacia.

N'aquelle canto escondido o calvo e gordo marido ás moças falla d'amor; e como deve o traidor pela traição ser punido, n'outro canto anda a mulher a brincar co'o deus Cupido... o brinquedo o que dér! Cada flôr, rosa ou jasmim, com seu calix entreaberto embalsama este jardim, e ás abelhas que andam perto como que as oiço dizer: Oh! Bebei dôce prazer que rendida vos offerto! Isto é vida!

Cuspiste com feia ingratidão na face do amigo que tudo te sacrificou, e até a sua liberdade vendeu a preço do teu bem-estar. Antes de hontem, fallei-te como amigo, esquecendo que era pai. Cuidei que tocára o teu coração, e abençoei o céo por me ter dado um anjo d'amor onde eu poderia ter encontrado uma filha rebelde.

A severidade é tambem um meio de ser caritativo; a minha complacencia com Emilia é uma falta d'amor. 30 de novembro. Um dia alegre, sorridente; a atmosphera quieta, a paysagem rutilante. Na minha alma, um esvoaçar de esperanças boas. Laura, Laura!... Toda a natureza me repete o seu nome.

As damas hespanholas Não tinham mais cantar's debaixo do balcão. Ouvia-se o lamento estranho das violas... O riso do prazer e o chôro da Paixão. Serenatas gentis passavam, quasi a medo, Com a ternura ideal dos fados portuguêses, E dizia-se até, em voz baixa, em segredo, Que ali, mortos d'amor, vinham também marquêses.

Mas como nelles póde haver brandura, Se causadores são de tantos males? Engano foi d'Amor, porque meus olhos Dessem por bem perdida a liberdade. Ja não tenho que dar senão a vida, Se a vida ja não deo, quem ja deo a alma. Que póde ja'sperar quem a sua alma Captiva eterna fez d'huma brandura, Que quando vos morte, diz qu'he vida?

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