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E quando vi que dava entendimento A cousas fóra delle, imaginei Que milagres faria em mi que o tinha: Vi que me desatou da minha lei, Privando-me de todo sentimento, E em outra transformando a vida minha. Com tamanhos poderes d'Amor vinha, Que o uso dos sentidos me tirava.

Não vêdes que he onzena? Mas se tão longo e misero destêrro Vos contentamento, Nunca m'acabe nelle o meu tormento. Canção, neste destêrro viverás, Voz nua e descoberta, Até que o tempo em ecco te converta. Este excellente modo d'enganar-me Tomára eu d'Amor por interêsse, Se não s'arrependesse, Com a pena o engenho escurecendo. Porém a mais me atrevo, Em virtude do gesto de qu'escrevo.

Ali rememora ainda a celebrada fonte, que suspira n'uma das extremas do campo de Santa Clara, o poema das lagrimas da formosa Castro o maior poema d'amor que se tem sentido em Portugal. Que phantasias que não tem o amor em Coimbra!

Mais celebre do que conhecido, os seus immensos trabalhos conservaram-no sempre affastado dos salões e o gosto pelas investigações puramente scientificas, da clientela. A morte do seu unico filho, em 1898, em circumstancias bem crueis envenenara-se, longe dos seus, n'um hotel de Napoles, por desespero d'amor tornou-o ainda mais concentrado.

Ou então: Seus olhos bellos, d'amor me fazem, bella marqueza, morrer. Ou então: Morrer seus bellos olhos, bella marquesa, d'amor me fazem. Ou então: Me fazem, seus olhos bellos morrer, bella marqueza, d'amor. Mas de todas essas maneiras qual é a melhor? A sua: Bella marqueza, seus bellos olhos fazem-me morrer d'amor! E comtudo não tive estudos, fiz isso logo á primeira! Muitissimo obrigado».

Noitebó que esvoaçaste No meu ceo d'alva illusão; E na chaminé pousaste Deste ardente coração; Que mal te fiz, pulga d'alma, Que mordes, sem compaixão? Dona Eusebia, gança amada, Que picaste a minha flor, Tão do intimo orvalhada Pelos prantos desta dôr, Dona Eusebia não me piques Esta alcachofra d'amor!

E vimos todas, senhor Prior, Dar-vos aquillo que vós sabeis... Somos tresentas sessenta e seis! Um calendario d'anno bisexto, Feito d'amor! Livro novinho!... papel e testo!... Abra-lhe as folhas sem medo ao sexto, Abra-lhe as folhas, Padre Prior!

Desprezando os preconceitos Sellemos com esse amor Potente da nossa edade, Estreitando os nossos peitos, Em plena vida d'amor, Mil juras de felicidade! Que dizes, linda, pois córas? Antegosas as delicias? Suspiras rubra de pejo? Ou na tua mente infloras Esses milhões de caricias O amoroso d'um beijo?

Sería annúncio d'amor? Mas elle tinha amado, amado muito e devéras... e cuidava amar ainda, e devia amar; por quanto ha sagrado e sancto nos deveres do coração, era obrigado a amar ainda. Oh obrigações d'amor, obrigações d'amor! se vós não sois, se vós ja não sois senão obrigações!..

O mancebo Peleo, Que de Neptuno estava aconselhado, Vendo na terra o ceo Em tão bella figura trasladado, Mudo hum pouco ficou, Porque Amor logo a falla lhe tirou. Emfim, querendo ver Quem tanto mal de longe lhe fazia, A vista foi perder, Porque de puro amor, Amor não via: Vio-se assi cego e mudo Por a fôrça d'Amor que póde tudo.