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Venceslau consolava-me com as theorias e dictames dos pensadores de gabinete; mas eu, fóra do ambiente sereno do meu amigo, encontrava as tempestades soltas que me baldeavam a alma por quantos golphãos se abrem aos pés de quem uma vez tomou nos braços o cadaver d'uma mulher formosa e amada, e o collocou debaixo da enxada de um coveiro.

Camillo Castello Branco que entre o ruido surdo da enxada do coveiro alizando o comoro de terra sobre as taboas chuviscadas do caixão, e o silencio eterno do mundo, se levante a nossa voz a prestar á memoria do morto a homenagem da gratidão que lhe deviamos.

Seu leito final é aqui; aqui debaixo, no escuro seio da terra.» «E o cóveiro calou-se, porque o cortejo funeral passava silenciosamente n'aquella planicie. E eu disse commigo: Ao findar dos seculos, uma voz, mais poderosa do que a d'este velho cóveiro, bradará mais alto do que o tremendo clangor da trombeta final: Venham! venham! que eu os guardo todos! Eu os guardo todos

A imprensa diária tem olheiros que superintendem em estupros, facadas, roubos e incestos; mas a alçada d'estes espias não chega até ao esquife do defunto sem testamento. Ferreira Rangel chegou ao cemiterio ao fechar de uma noite orvalhada de dezembro. O coveiro estava prevenido e a postos. Não havia que esperar garganteações de psalmos. A fossa da valla dos pobres estava aberta.

Quando morrer na cella do mosteiro, Á cova n'um esquife hão de leval-a; Serão então os braços do coveiro Ultimos e primeiros a abraçal-a... Abril Enorme, arredondado, reluzente, Como se fôra um olho de Titan, O sol no azul olhava fixamente A natureza lubrica, pagã. E á luminosidade transparente Do céu avelludado da manhã, Um melro ia cantando alegremente Uma canção brejeira e folgazã.

Não sentirás em volta de ti no teu enterro cantos em mau latim, o som das campainhas, a voz aguda dos meninos do côro, os commentarios estupidos da multidão, as grosseiras enchadadas do coveiro. Serás lançada á tua cova do mar no meio de um silencio militar, levando por mortalha a bandeira ingleza, ao cantochão infinito dos ventos e das aguas.

O COVEIRO O branco é lucto: são brancos os esqueletos! Ó illuzões que em ti puz tão amigas! Oh! a esperança que em minha alma é morta! Antes eu te visse cobertinha de bexigas Ou em farrapos, a pedir, de porta em porta... TODOS Antes a visses morta! Antes a visses morta!

Ora deixe-me ver se encontro o cóveiro, para que nos abra a porta do cemiterio. E, com este intento, dirigiu-se para a sacristia, deixando sem ceremonia Carlos na presença de Cecilia. Precisarei de dizer que este inesperado e involuntario encontro enleiou sobremaneira os dois? Falla-se muito dos embaraços de uma primeira entrevista.

A voz d'um homem chamou a minha alma á realidade acerba d'aquella scena, que se me figurava um sacrilegio, uma profanação. Era o coveiro, que me dizia: «a enxada topou com os ossos

Quando entrei no cemiterio, lobriguei, ao fundo, por entre a rama de alguns cyprestes, que orlavam as ruas transversaes, o coveiro a levantar as ultimas pazadas de terra de uma valla. O homem cantarolava assim: /* Menina, que está á janella, A lançar goivos á rua... */

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