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Legitimo rei dos portuguezes accrescentou o cuteleiro, baixando reverentemente a cabeça. Isso agora replicou Roque da Cunha é questão que nem v. m.ce nem eu decidiremos, em quanto não tivermos gráo de doutores de Salamanca. Deixemos esse officio a quem toca.

Oxalá que o rapaz nunca me sahisse de casa; que, a esta hora, não andaria por terras alheias... Terras alheias!... objectou o velho ministro de Filippe III. Não é terra alheia Hespanha; hespanhoes todos nós somos... Nemja eu! acudiu o cuteleiro nem meu filho o hade ser, sem a minha maldição.

A importancia do filho do cuteleiro crescia á medida que o perigoso levantamento da nação calcada se avisinhava da destemida audacia de muitos e da receiosa prudencia de alguns. Domingos Leite aliáva á energia intellectual a impavidez nas mensagens arriscadas.

Verdade é que meu pae, o cuteleiro de Guimarães, apesar de eu lhe pedir que sahisse da forja e descansasse, com os seus haveres e os meus, o restante da velhice, ainda trabalha: mas eu não sei se elle enviará a um filho apregoado assassino o que adquiriu com o trabalho honrado que eu desprezei, apezar das suas supplicas... Mas... atalhou o marquez O sr.

Soube agora mesmo exclamou com alvoroço o filho de D. Vicencia que estava aqui teu pae. Venha de esse abraço! proseguiu Roque, estreitando ao peito o cuteleiro, que se deixou abraçar impassivelmente. Este é o meu amigo Roque interveiu Domingos apresentando-lh'o.

Irás, meu filho atalhou o cuteleiro, debulhado em lagrimas Eu d'aqui vou direito a Lisboa, e irei lançar-me aos pés de el-rei... Não similhante passo despersuadiu Domingos Leite.

De lavra nossa, n'este romance, ha apenas os episodios, que me sahiram ajustados e congruentes com os traços essenciaes da narrativa. Antonio Leite, casado com Maria Pereira, e morador na villa de Guimarães, em 1634, era o cuteleiro de maior voga em Portugal. N'aquelle anno, tinham um filho, de nome Domingos, com dezesete annos de edade.

Não tenha medo, sr. Luiz das Povoas. Os homens da minha tempera tem fados esquisitos! Eu, ás vezes, sinto uns deslumbramentos que me cegam! Se eu não fosse filho de meu pai cuteleiro, e pudesse desconfiar da honestidade de minha mãe, havia de crer que o meu sangue girou nas veias dos duques de Guimarães!

E voltando-se para o cuteleiro, proseguiu: Bom pae, escusa de mandar dinheiro ao seu honrado filho, que nada lhe hade faltar em Madrid. Mercês, meu senhor respondeu Antonio Leite mas, em quanto eu poder lidar na officina, o meu Domingos, querendo Deus, hade viver do que é seu. tenho este filho; e, graças ao Senhor, ainda sinto braços para a bigorna.

Quizera o pai ensinar-lhe a arte, que lhe dera fama e dinheiro. A mãe desejava que o rapaz fosse frade, consoante á vontade de seu irmão fr. Gaspar de Sancta Thereza, leitor apostolico de moral no convento de S. Francisco de Lisboa. Ora o rapaz não queria ser frade nem cuteleiro: aspirava ardentemente um officio mais prestadio ao genero humano infermiço: queria ser boticario.

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