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A nossa travessia do deserto foi extremamente trabalhosa. Não soffremos tanto da sêde, porque, segundo o novo roteiro indicado pelos caçadores de abestruzes, encontrámos a espaços pequenos e frescos oasis. Mas o pobre Jorge Curtis, que mal podia ainda usar a perna, necessitava constante amparo e, por assim dizer, tivemos de o transportar através do deserto.

E o pobre Jim rojava-se no chão diante de mim, chorando e rindo, n'uma alegria furiosa. Com effeito, havia dois annos que o irmão do barão e o seu servo Jim viviam n'aquelle oasis. Foi no nosso acampamento n'essa tarde que Jorge Curtis nos contou lentamente toda a sua historia.

Para dizer a verdade, Dinamarquezes conheci um, moderno, horrivelmente moderno, que me estafou dez libras: mas lembro-me de ter admirado um quadro, os Antigos Dinamarquezes, em que havia homens assim, de grandes barbas amarellas e olhos claros, bebendo n'um bosque de carvalhos por grandes cornos que empinavam á bôca. Chamava-se Curtis o barão Curtis.

Todos tres nos sentamos, accendendo os cachimbos, emquanto o moço corria pelos grogs. Houve primeiramente um silencio. Outro creado entrou, a accender o candieiro. Por fim appareceram os grogs. O barão Curtis então passou a mão pelas barbas, n'esse geito que lhe era costumado, e voltando-se bruscamente: Diga-me uma coisa, snr.

Apesar de no seu gabinete se encontrarem constantemente abertos livros de botanica e de horticultura desde a Flora Londinensis de Curtis e as obras completas de Lindley, até ás publicações periodicas das varias sociedades horticolas de Londres, Mr. Richard Whitestone costumava fazer sciencia por sua conta e risco.

Como dizia pois, é coisa estranhissima que assim me lance a escrever um livro. Não está nada no meu feitio ser homem de prosa e de letras ainda que, como outro qualquer, aprecio as bellezas da Santa Biblia e gózo com a Historia do Rei Arthur e da sua Tavola Redonda. No emtanto tenho razões, e razões consideraveis, para tomar a penna com esta mão inhabil que ha quasi cincoenta annos maneja a carabina. Em primeiro logar, os meus companheiros, o barão Curtis e o digno capitão da Armada Real John Good (a quem chamo por habito «o capitão John») pediram-me para relatar e publicar a nossa jornada ao Reino dos Kakuanas. Em segundo logar, estou aqui em Durban, estirado n'uma cadeira, inutilisado para umas semanas, com os meus achaques na perna. (Desde que aquelle infernal leão me traçou a côxa de lado a lado, fiquei sujeito a estas crises, todos os annos, ordinariamente pelos fins do outono. Foi em fins de outono que apanhei a trincadella.

Por acaso, n'esse momento, eu pousára os olhos no barão Curtis; e notei que o meu nome, assim pregoado com a minha profissão, lhe causára emoção e surpreza. John cravou tambem em mim o seu vidro, com uma curiosidade que faiscava. Por fim o barão inclinou-se, através da mesa, e n'uma voz grave e funda, bem propria do robusto peito d'onde sahia: Peço perdão, disse, mas é porventura ao snr.

O barão Curtis estava, no topo da mesa, á direita do commandante do Dunkeld. John accommodou-se ao lado do seu companheiro: eu defronte, onde havia dois talheres desoccupados. Logo depois da sopa o commandante, com a lamentavel mania dos homens de mar, começou a fallar de caça. Primeiramente de caça miuda, de condores e de abutres. Depois passou a elephantes.