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Fumegando pelas ventas As tormentas do ciume, Todo elle é fogo, é lume, No solar do Retrozeiro. Dom Cupido desdentado, Desarmado, vai sem frecha Quer abrir, a murro, a brecha Do rival no coração. Torce os olhos, solta um urro, Préga um murro na maçã Da fanhosa castellã, Que se atira a elle á unha.

N'aquelle canto escondido o calvo e gordo marido ás moças falla d'amor; e como deve o traidor pela traição ser punido, n'outro canto anda a mulher a brincar co'o deus Cupido... o brinquedo o que dér! Cada flôr, rosa ou jasmim, com seu calix entreaberto embalsama este jardim, e ás abelhas que andam perto como que as oiço dizer: Oh! Bebei dôce prazer que rendida vos offerto! Isto é vida!

Porque apparece Em ti seu nome, e sua côr mais pura; E estudar em teu rosto procura Tudo quanto em beldade mais florece. Oh luminosa flor! Oh sol mais claro! Unico roubador de meu sentido, Não permittas que Amor me seja avaro. Oh penetrante setta de Cupido! Que queres? Que te peça por reparo Ser neste valle Eneas desta Dido?

Dom Cupido desdentado, Não vingado, cahe de chofre, E tal pêso a velha soffre, Que estourou! ó vista horrivel! Pobre Aonio, pobre Aonio, Que demonio te tentou!? Antes dentes ter, Antonio, Que não ter, e ser Cupido! Dom Cupido desdentado, Quer o fado que eu te diga, Que não pódes ter barriga Mais mal feita para Rosa!

Pranto inutil são os meios Das pessoas desgraçadas: Pagai, lagrimas cansadas, Pagai delictos alheios. que de ouro cofres cheios Nunca pude a Nize dar, que devo em fim pagar Culpa, que tem meus fados, Fiquem sempre condemnados Os meus olhos a chorar. disse tudo a Cupido. Na vossa ­gentil figura Mil dões natureza pôz: Todos cuidão que sois vós A Deosa da Formosura.

Agora s'apparelha Para a batalha; agora remettendo; Agora s'aconselha; Agora vai; agora está tremendo; Quando ja de Cupido Com nova setta o peito vio ferido. Remette o moço logo Para ond'estava a chamma sem socêgo; E co'o sobejo fogo Quanto mais perto estava, então mais cego: E cego, e co'hum suspiro, Na formosa donzella emprega o tiro.

Faces encovadas, beiços sorvidos, barba revirada, e por cima da pelle uma côr assanhada de amora mansa, não lhe permittem suppor-se por certo nenhum Cupido, nem seccar-se, como Narciso, de paixão pela belleza propria. O nariz, adunco, em fórma de bico de papagaio, caía como apagador, ornado de botões vinosos, sobre a bôcca.

Eu não vejo as graças, de que fórma Cupido o seu thesouro: Vivos olhos, e faces côr da neve, Com crespos fios de ouro; Meus olhos vem gramas, e loureiros; Vem carvalhos, e palmas; Vem os ramos honrosos, que destinguem As vencedoras almas. Busquemos, ó Musa, Empreza maior; Deixemos as ternas Fadigas de Amor.

D. Elvira era uma dama casada, que não tinha por seu marido aquelle amor que ao peito da boa esposa arnez de aço contra as frechas de um cupido estranho. O marido, nimiamente confiado em seus direitos, descuidou-se. Aqui está um mal enorme d'onde vamos vêr brotar uma enchente de beneficios á humanidade.

Mas diz Cupido, que era neceſſaria Hũa famoſa, & celebre terceyra, Que poſto que mil vezes lhe he contraria, Outras muytas ha tem por companheyra: A Deoſa Gigantea temeraria, Iactante, mintiroſa, & verdadeyra, Que com cem olhos ve, & por onde voa O que com mil bocas apregoa.

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