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Junto dos seus Paços riais corriam vagarosamente as obras para a fundação do Convento de Santa Clara, obras que prometiam eternizar-se por demandas entre os frades Cruzios e D. Maior Dias, fundadora daquele convento, e que certamente ficariam incompletas se não fosse o auxilio e protecção que a Rainha Santa dispensou para a sua rapida conclusão.

E a sala melhor, traçada para as occupações mais gratas, é o refeitorio, com as suas varandas rasgadas, onde os regalados monges podessem, ao fim do jantar, conforme a veneravel tradição dos Cruzios, beber o seu café aos golos, galhofando, arrotando, respirando a fresquidão, ou seguindo nas faias do pateo o cantar alto d'um melro.

Foi escripta esta poesia n'uma sexta-feira de Paixão, na quinta dos Frades Cruzios, de Coimbra, junto ao grande lago que hoje ainda alli se , cercado d'um espesso e alto muro de verdura entretecido com os ramos de cedros hoje seculares.

Mas... não é bom falar na vida alheia. Como lhe ia contando, era almocreve; chamavam-me o Chupista. ¡Oh! que bolaxa que eu pespeguei na cara do coécas que me inventou a alcunha em certa venda! qualquer creança lhe moia os queixos; está onde o pague ¿Onde ia o ponto? ¡ah! sim; era almocreve e recoveiro; e andava com dez machos todo o anno a correr quanto valle e monte havia para cobrar o fôro aos Frades Cruzios.

Alanciado por tão inesperada agonia, o official affrontou o maximo risco, perpassando pelas guerrilhas que confluiam a Lisboa. As insignias e a rapidez da carreira acirraram o patriotismo de alguns bravos que o espingardiaram e feriram mortalmente. Uns caridosos frades cruzios que seguiam para uma quinta chamada Cadafaes, nos arrabaldes da Alhandra, transportaram o ferido.

Mais longe, n'um vasto tanque, lago caseiro orlado de bancos, onde decerto os bons Cruzios se vinham embeber pelas tardes de frescura e repouso, a agua das regas, limpida e farta, brota dos pés de uma santa de pedra, hirta no seu nicho, e que é talvez Santa Rita.

Os caseiros e emphyteutas do mosteiro, raça dura e rebelde em pagar suas rendas e foros, não pagava, e ria-se das excommunhões; os officiaes da coroa quebravam impiamente os privilegios da ordem, e até, anteriormente, os villãos de Montemor tinham ousado accusá-la de haver obtido com dolo e mentira parte das suas rendas e direitos senhoriaes . Depois, naquella conjunctura, o mosteiro estava gasto e desbaratado das guerras que pouco antes o prior D. João de Noronha tivera com o bispo de Coimbra, em razão de uma pouca de carne furtada da cozinha do bispo pelos criados do prior; guerras em que se deram cruas batalhas nas praças de Coimbra, sendo necessario que o poder publico mandasse marchar tropas para pacificar á força os dous reverendos campeões . Postos o dominio directo, os direitos senhoriaes, os bens e rendas de Sancta Cruz sob a protecção de um bom milagre, naquella occasião desoccupado, d'ahi podia provir utilidade aos cruzios sem damno de terceiro.

A mentira util tornava-se em verdade pelo consenso dos sabios, e sabios eram os inventores de pias fraudes. Ora a utilidade de explorar a tradição em beneficio dos conegos cruzios era indisputavel.

O casarão conventual que habitamos, e onde os conegos Regrantes de Santo Agostinho, os ricos e nedios Cruzios, vinham preguiçar no verão, prende por um claustro florido de hydrangeas e a uma egreja lisa e sem arte, com um adro assombreado por castanheiros, pensativo, grave, como são sempre os do Minho.

Provavel «obreiro de imprimidor» de Germão Galharde, acaso foi convidado para ir dirigir em Coimbra a officina do Estudo Real, estabelecida na rua da Sophia, como seu presumivel mestre o fôra igualmente, para ir organisar a imprensa dos Cruzios, daquella cidade. Em tal situação ali se demorou, com effeito, Francisco Corrêa desde o anno de 1549, em que principia a apparecer, até 1555.

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