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Como o snr. dr. Theóphilo Braga procedeu, vão os leitores conhecer, e depois ficarão habilitados a julgar da sinceridade com que o infatigavel escritor impugna o nosso livro sobre o poeta Crisfal. A pag. 356/7 do seu livro Bernardim Ribeiro e o Bucolismo, na parte respeitante a Cristovam Falcão, escreveu o snr. dr.

«Isto nos impossibilitava de continuar a admittir as relações pessoaes de Cristovam Falcão com Bernardim Ribeiro velho e dementado em confidencias de amor com um rapaz no viço da mocidade; e por tanto as Eclogas em que elle figurava interpretativamente tinham de ser lidas a outra luz. Carta do snr. dr. Th. Braga. Pelo exposto, entende o snr. dr.

Theóphilo Braga teve ensejo de reconhecer que a figura do trovador Cristovam Falcão era mero produto de uma lenda, mas não teve a coragem precisa para vir a público declarar que tinha errado ao dar á estampa o seu primeiro volume sobre os poetas bucolistas, em que, seguindo a rotina, dera existência real ao suposto poeta, que havia classificado de *ultimo eco do alaúde provençal, modificado pelo gosto hespanhol de Padron e Stuniga*.

Depois duma nova assim!... Depois duma nova assim; admiras-te? Com dois ponta-pés arranjei a ser cónego, mas se aquele alarve se não demora e me préga logo uma dúzia deles, quando eu dizia, estava a estas horas bispo! Bispo, imagina!... Se não hei-de estar aborrecido... O milagre não obstante ficou de , íntegro, documental, palpável, a atestar o dedo da Providência na ferradura do Cristóvam.

Um domingo, logo depois da missa, chamando de parte o sacristão, lial companheiro e confidente, segredou-lhe: Cristóvam! vais-me aqui prestar hoje um grande serviço... O sacristão, um diab'alma alentado e grosso, bruto como umas casas, muito respeitador das qualidades e ornamentos do cura, murmurou, comovido e modesto: Um serviço?

Não se podem refutar por negativa, não; mas podem refutar-se cabalmente, pondo em confronto da obra poética atribuida a Cristovam Falcão a obra em prosa que ninguem ousará disputar ao suposto trovador.

Oh! sr. prior!... Queira vossa reverendissima ordenar... por mim se não pudér... Um grande serviço, Cristóvam, um grande serviço... Botou uma olhadela á igreja, outra ao S. Jerónimo do altar, outra a bandeira das almas, e erguendo por fim as abas da batina ensebada, revirou-lhe o nédio cêsso, exclamando: Férras-me um ponta-pé!... Quem, eu? disse, Cristóvam: um ponta-pé.

«Os logares comuns a Cristovam Falcão e Bernardim Ribeiro provam a distancia da edade que levou o mais novo a imitar aquelle que era admirado, cujos versos, Camões, na sua carta de Africa intercalava na sua prosaDo artigo «Movimento litterário» Como comentário único, permitir nos-emos endereçar algumas perguntas ao snr. dr.

Cristovam Falcão, o iletrado autor das Quartas, não póde j

Theóphilo Braga que consideramos a individualidade poética de Cristovam Falcão como uma lenda estúpida formada pelos genealogistas... Onde encontrou s. ex.^a a base em que firma a sua menos verdadeira afirmativa? Vamos reproduzir o que escrevemos a paginas 9/10 do nosso livro, para desfazer a arbitrária interpretação do venerado professor.