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Desde o momento em que nos collocamos n'um plano superior a todas as nações, creamos a Historia universal, e, conhecendo pela Historia universal os factos da vida dos povos, salteou-nos o desejo de averiguar as relações que poderiam existir entre os factos e as idéas, de conhecer se todos esses factos seriam obra do acaso, ou se cada povo teria sido impellido por um mobil secreto para o cumprimento de determinada lei e encarregado de desempenhar uma missão no grande conjuncto da civilisação geral.

O egoismo dos tempos modernos torna-nos incompativeis com o commetimento de tão grandes obras. Creamos instituições de caridade, fazemos regulamentos de assistencia publica, e vangloriamo-nos de haver definido pela revolução liberal o dogma da fraternidade humana, mas somos fundamentalmente incapazes de consagrar á pratica das virtudes, de que julgamos ter na historia o monopolio, monumentos como aquelles que nossos avós lhe levantaram a proll do comum e aproveitança da terra, dando em resultado que o mais andrajoso mendigo da portaria do mosteiro de Alcobaça ou do mosteiro de Santa Cruz, com o seu alforge ao pescoço e a sua escudella debaixo do braço, participava, além da ração quotidiana que se lhe distribuia pelo caldeirão da communidade, de um agasalho de principe e de um luxo d'arte com que hoje não competem os maiores potentados, os quaes em suas casas e para seu recreio intimo se rodeiam de todas as joias artisticas de que pela abolição dos vinculos e pela extinção das ordens religiosas se apoderou o moderno commercio do bric-

O homem tem uma scentelha de prodigiosa alma que erra no grande mar de sonho que vae espraiar-se de estrella a estrella e tudo enche, doirado e enorme, e que em si consubstancia o genio, a belleza, o amor. Logo que a materia se dispersa, a immorredoura faisca volta ao atlantico donde tinha sahido. Creamos cada um de nós um universo d'angustia ou de belleza, resequido ou de fogo.

De tal intimidade e tão persistente ficarão a todos, sem excepção, no aspecto, nas tendencias e inclinações, em todo o modo de ser physico e moral, traços que não são nossos, que não viéram de nós, que não creámos, que nos foram como impostos, gravados por actividades externas; e ao mesmo tempo, sob essas pressões, perdem-se elementos proprios da nossa personalidade ou, pelo menos, atenuam-se e afrouxam na expansão.

A morte do ministro valido de D. José I deixou, em profunda anemia, o vigoroso e energico elemento social, que elle intentára crear. Expulsáramos os sarracenos tão tarde, organisáramo-nos, como nação, em época tão proxima, que sem termos soffrido os vexames do feudalismo, não creámos, tambem, a classe, que mais arcou com elle, e que o assoberbou e venceu.

Mas que ideia aquela, dizia êle, no club, a uma roda de amigos embasbacados, que ideia aquela da restauração! São doidos!... A Rèpública tem, não dúvida, alguns defeitos, sou eu o primeiro a reconhecê-lo; mas tirem-se-lhe! O que todos devemos fazer é trabalhar para que as novas instituições sejam aquilo para que as creámos.

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