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Quando, no dia 11 de junho, eu li esses telegrammas, repassados de panico, em que se annunciava á Europa que a população arabe massacrava os europeus nas ruas da Alexandria, não sei porque revi logo o cáes da alfandega, o italiano serviçal de bonnet agaloado, o courbach estalando nas costas escuras do arabe.

O primeiro episodio oriental que eu vi, ao desembarcar ha doze annos em Alexandria, foi este: no caes da alfandega, faiscante sob a luz torrida, um empregado europeu europeu pelo typo, pela sobrecasaca, sobretudo pelo bonnet agaloado estava arrancando a pelle das costas d'um arabe, com aquelle chicote de nervo d'hippopotamo, que chamam courbach, e que é no Egypto o symbolo official da auctoridade.

N'estas condições de desprezo, usa-se facilmente o courbach e invariavelmente a insolencia... E note-se que o europeu não tinha muito mais respeito pelo egypcio das classes superiores ou cultas.

Isto não é trazido como allegoria, para dizer que as relações dos europeus e dos egypcios se reduziam a estas duas attitudes um braço com manga de panno fino erguendo o courbach, e um dorso semi-nú esperando a sova: muito menos quero insinuar que o massacre do dia 11 foi a tardia vingança d'estas brutalidades burocraticas...

Saciado ou cançado, o homem do courbach, que era um magrisella, atirou um derradeiro pontapé á anatomia posterior do arabe como quem, ao fim d'um periodo escripto com verve, assenta vivamente o seu ponto final e, voltando-se para o meu companheiro e para mim, offereceu-nos, de bonnet na mão, os seus respeitosos serviços. Era um italiano, e encantador.

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