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Por isso nós costumamos, e cada vez estamos mais firmes n'este proposito deixar á redacção d'outros jornaes a noticia das novas publicações com aquellas palavras sacramentaes de louvor, que afinal nada significam. Com isso ninguem se offende. Alguns acham pouco o incenso. Mas d'ordinario todos gostam.

As do primeiro genero (disse o doutor) me parecem cartas muito seccas, que é materia esteril para que empregueis n'ella sem fructo o vosso entendimento. Antes (disse Leonardo) como essas foram as primeiras, e d'ellas nasceram as leis e as regras para outras, será razão que debaixo d'este genero tratemos das mais, repartindo o pouco que eu soube dizer, por os logares de cada um. E assim me parece, que como a carta que escrevemos ao amigo sobre seu negocio; ao creado sobre as cousas da casa; e o mercador ao outro sobre seus tratos e mercancia; um aviso e uma relação que lhe não podemos fazer em presença, fazendo-o por meio de uma carta, devemos usar n'ella o que na pratica costumamos que é brevidade sem enfeite, clareza sem rodeios, e propriedade sem metaphoras, nem translações. E quando (disse o doutor) faremos breves em uma carta? Quando (respondeu elle de tal maneira, e com tal artificio a escrevermos, que se entendam d'ella mais cousas do que tem de palavras. E como póde ser? (tornou elle). Por meio dos relativos e subsequentes (disse Leonardo) que, sem nomear as palavras, as repetem; e por ordem das sentenças e adagios que sem entender as cousas as declaram; e n'isto se adeantam muito as cartas da pratica familiar, que, se escrevem de cuidado, e tem mais tempo de se furtarem palavras para se subentenderem razões. E que cousa é enfeite ou affectação? (perguntou Solino).

Credo!... tu que dizes, Belchior!? O rapaz arrepellava-se; apanhava com as mãos a nuca, e batia com os cotovêllos um contra o outro. Atirava-se de trambulhão sobre uma grande caixa de castanho, e jogava de cabeça contra os joelhos com a pasmosa elasticidade da sua afflicção. Fazia aquillo porque não sabia as phrases que nós, os máos romancistas, costumamos emprestar a esta especie de sujeitos.

Estou toda a tremer por sua causa, principe!... O principe não conhece esta gente, não conhece, digo-lho eu... Não, que elle é preciso tempo para os conhecer. Deixe o caso por minha conta, Maria Alexandrovna, disse Mozgliakov; tudo se passará conforme lhe prometti. Entregar-me nas suas mãos, eu?... O senhor é um estouvado? o espero para jantar, principe. Costumamos jantar cedo.

Costumâmos abrir o coração e despejar á flux quanto ha. Se nos desdenham, a dignidade propria nos rehabilita. Se nos acolhem, damos pelo commum excellentes maridos, carinhosos paes, e preciosos jarretas na velhice. Romances d'amor, que desandam em morte de tuberculos moraes, não pegam . Isto é terra de Hespanha e o céo de Italia, como diz o mais poeta dos portuguezes, o dulcissimo Castilho.

A nossa mesa distingue-se das mesas estrangeiras, não pela escolha das comidas, senão tambem pela exaggerada seriedade com que costumamos assistir a taes solemnidades. Dir-se-hia que, em taes momentos, estamos presenciando o enterro de nossos paes.

E como o Brazil é quasi que exclusivamente commercial, para que ahi conste como costumamos, nós, interpretes do commercio do Porto, receber e affagar qualquer brazileiro que aqui aporte, e nos mereça a maxima consideração, pelo seu caracter, pelo seu talento, que não hostilise mas civilise, suppomos satisfazer d'este modo o velho sentimento de hospitalidade como portuguezes, e o dever em que nos constituiu o auctor do Estudo sobre a colonisação e emigração para o Brazil, de o animarmos a proseguir na santa idéa, no santo principio da maxima conciliação entre os dois povos

Assim o conta o diplomata D. Luiz da Cunha ao principe, que depois foi José I, em carta que corre impressa: O snr. D. João IV... mandava entrar no estribo do seu coche a celebre «Maranhã» que dominava todas as regateiras da Ribeira para se fazer mais popular, pois costumamos dizer que a voz do povo é a voz de Deus, o que nem sempre se verifica.

Tem isso a originalidade, que é o distinctivo d'este poeta. Costumamos dizer com referencia a qualquer notavel escriptor nosso: aquelle talento tem a suavidade de Lamartine, o sentimento de A. de Musset, o mysticismo de Chateaubriand, a ironia de Byron, a energia apaixonada de Victor Hugo.

Apesar do seu grande terror, e de clamar pela Virgem Santissima, D. Inigo abriu um cantinho do olho para vêr o que se passava. Nós os homens costumâmos dizer que as mulheres são curiosas. Nós é que o somos. Mentimos como uns desalmados. Que veria o cavalleiro? Um fojo aberto bem proximo delle sobre a ponte, e que depois rompia pela agua.