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Dedicado ao estudo nautico, pesquizador de todos os factos que se passavam, engenhou logo empreza que lhe désse renome. Era ambiciosissimo de gloria e, pois, cuidou de desenvolver a sua actividade, para o fim de adquiril-a. Nessa epoca era abraçada por muitos sabios e cosmographos a ideia de que o mundo terrestre formava uma esfera ou globo.

Teve então D. Henrique ensejo de aprender a lingua arabe, ler seus livros, estudar seus monumentos scientificos, ouvir seus sabios, seus cosmographos, e muito lucrou e aprendeu, porque eram ainda os Arabes o povo mais illustrado da epoca.

Para que pensar em dobrar o Cabo da Boa Esperança? Não estavam alli defronte de Portugal as Indias com a China e o Japão? Mais depressa e menos perigosamente se não chegaria ? Convocou D. João II a conselho seus mais reputados sabios. Entre elles figuravam dous judeus, mestre José e mestre Rodrigo, famosos cosmographos.

Na ponta meridional de Portugal ergue-se o Cabo de S. Vicente: descansam alli uns penedios açoutados pelos ventos, batidos de continuo pelas ondas dos mares, e que se prestavam a ser um ponto apropriado para observações, estudos scientificos, e pratica de navegação. Para esse sitio agreste recolheu-se o Infante e em Sagres estabeleceu moradia, e escola de cosmographos e mareantes.

Quando Colombo chegou a Portugal ahi eram conhecidas as cartas hydrographicas planas inventadas pelo infante d. Henrique, e foi durante a sua permanencia no reino que o portuguez Fernando construiu a primeira bussola completa com a rosa dos ventos e que a junta dos cosmographos do rei aperfeiçou o astrolabio, assim como as taboas astronomicas applicadas á navegação.

Os argonautas precedem os venezianos nas suas viagens; o scandinavo Leif Erik descobre tres seculos antes de Colombo a America do norte e os noruegueses estabelecem-se na Islandia; Roger Bacon e o cardeal Pedro d'Ailly esboçam os primeiros deliniamentos geographicos, mas tudo isto é nebuloso no espirito dos navegadores e cosmographos do seculo XV e faz crescer a vontade de conhecer os caminhos do mar, para chegar áquellas regiões mysteriosas de que se contavam historias da Fabula.

No dia seguinte, que era o setimo de maio de 1487, D. João II, tendo a seu lado D. Manoel duque de Beja, entregou a Pero da Covilhan, que se apresentou com Affonso de Paiva, uma carta de marear, feita em casa de Pedro d'Alcaçova, pelo licenciado D. Diogo Ortiz, o Calçadilha, depois bispo, e pelos physicos hebreos, mestre Rodrigo e mestre Moysés, os quaes tomavam com o primeiro parte na junta dos cosmographos.

E mais tarde, nos bons tempos do astrolabio de metal, todos os cosmográphos recommendam muito que se procure o logar junto ao mastro grande, onde a nau menos balanço.

Foi, portanto, em Portugal que Colombo apprendeu a navegar e foi ainda em Portugal que teve conhecimento exacto de terras ao occidente, terras que, obcecado pelas theorias de Toscanelli, Marco Polo e outros geographos e cosmographos antigos, elle suppoz sempre que fossem asiaticas.

Pelo menos, a impressão que o leitor d'estas historias recebe da narração dos seus actos consecutivos, é a de que no caracter do infante não primava a humanidade. Voltou a encerrar-se em Sagres, com os seus livros, os seus mappas, os seus cosmographos e mareantes: voltou a olhar para o mar pois que, por largos annos, para sempre talvez! estava perdida metade da sua empreza.

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