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Muita gente o reputava malfadado; e outra optava antes por que fosse estupido. Quando elle viu Corinna da Soledade, estava ao lado d'um sujeito, cuja maxima gloria n'este globo era poder apresentar um conhecido a outro conhecido. Assim que alguem lhe dizia: «Vossa senhoria conhece fulanorespondia logo: «Quer ser apresentado?» E se os apresentados lhe ficavam á mão, era logo.

«Aqui estou, minha querida Corinna. Cheguei ha meia hora. A minha tristeza tem uma negrura inexplicavel. Abafa-me mortalmente este ar. Estou como o desterrado que atiraram a uma praia onde não houvessem olhos humanos que me vissem chorar. Ó meu Deus, que atroz supplicio é a saudade! Que desolação em roda de mim, que terror me incute tudo isto que me com uma indifferença dolorosa como o escarneo! Sahirei eu d'esta febre que me está arrancando pedaços de vida a cada momento! Ó Corinna, eu não a vejo mais! Aqui é que sossobram as mais robustas almas... Eu não previra isto...

Antonio d'Azevedo levou aos labios a mão de Corinna, e murmurou: Emenda tu os defeitos da minha desgraçada indole... Dá-me paz, Corinna; dá-me a uncção do teu amor, e eu me salvarei de mim proprio... Primeiro passo a dar! exclamou Valentim da Costa O primeiro passo a dar é casarem-se, meus filhos! N'este momento entrou Felismina, e disse: Está o almoço na mesa.

N'essa mesma occasião fôra ao Porto Gastão de Noronha com suas filhas e mulher; e, como Antonio d'Azevedo, obrigado pelos seus hospedeiros condiscipulos, fosse aos bailes onde elles iam, ahi está a razão porque Corinna da Soledade encontrou o bacharel de Barcellos no baile do conde do Casal.

E nenhuma de minhas manas quer casar com o tio D. João? perguntou Corinna. Ainda as não consultei; eu é que desejo que sejas tu. As boas intenções de meu pae são providenciar ao futuro de nossa familia por meio d'este casamento? Sim, minha filha. Eu com lagrimas lhe digo que não posso servir a esse bom intento. Porque? atalhou o pae entre pasmado e colerico.

Quando entraram, a pobre menina estava chorando, e Felismina, lançando-lhe os braços sobre os hombros, segredava-lhe consolações. Fernando approximou-se de ambos, e disse a Corinna: Está tudo remediado.

Corinna ouviu-te, estranhou o infortunio que se confessa em bailes; mas não sorriu, condoeu-se, lastimou-te, e pediu-me que te levasse ámanhan ao baile da Torre da Marca.

Se eu fosse nobre, daria como merito a minha inutil e inerte nobreza; assim, filho do povo e pobre, todos, menos a generosa Corinna, a seu tempo perguntariam uns aos outros: «De que serve este homemOra um homem sabe pontualmente quando os outros perguntam o para que elle serve... Em summa, estou no começo da minha tarefa: Deus dá-me este pensar para que eu o leve a cabo.

Fazem ellas muito bem disse o velho, sorrindo. Que lhe diz de mim a prima Corinna? tornou Athaide com prasenteiro semblante. A carta que ella me escreveu n'este ultimo navio contém uma pagina com referencia a vossa senhoria. Queira lêl-a, que ella de certo me perdoa a confidencia.

A um lado do leito de Valentim da Costa estava Corinna da Soledade, com o cotovello apoiado no travesseiro e a face na palma da mão esquerda, orvalhada de lagrimas. Do outro lado Antonio de Azevedo, com as mãos entrelaçadas debaixo do rosto que encostava á borda do leito, erguia a espaços os olhos lagrimosos, e cravava-os nas faces emaciadas e lividas do ancião.

Palavra Do Dia

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