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A peregrinação d'hum pensamento, Que dos males fez hábito e costume, Tanto da triste vida me consume, Quanto cresce na causa do tormento. Leva a dor de vencida ao soffrimento; Mas a alma está, de entregue, tão sem lume, Qu'enlevada no bem que haver presume, Não faz caso do mal qu'está de assento.

Assi que não consume de si nada, Nem muda da passada vida hum dedo: Antes sempre está quedo no devido, Porqu'este he seu partido e sua usança; E nelle esta mudança he mais firmeza. Mas quem a Lei despreza, e pouco estima, De quem de de cima está movendo O ceo sublime e horrendo, o mundo puro, Este muda o seguro e firme estado Do tempo, não mudado de verdade.

DELIO. A viva chamma, aquelle vivo ardor, Que brando sinto ja pelo costume, De noite de si tal resplandor, Que os pastores vem delle a tomar lume. Pasmados ficão, vendo em mi d'amor O fogo, que me queima e não consume: E tu, por quem eu ardo noite e dia, Quando vês tal ardor ficas mais fria!

O meu peito, onde estais, He para tanto bem pequeno vaso; Quando acaso virais Os olhos, que de mi não fazem caso, Todo, gentil Senhora, então me abraso Na luz que me consume, Bem como a borboleta faz no lume.

Que je te voie, ô le Dieu de mon coeur, ma joie, mes délices, mon amour, mon tout! «Qui me donnera des ailes pour voler vers toi! Mon âme éloigneé de toi, impatiente d'être remplie de toi, languit, te souhaite avec ardeur et soupire après toi, ô mon Dieu, ô mon unique bien, ma consolation! Embrase moi, mon Dieu, brule, consume mon coeur de ton amour... Mon bien-aimé est

Nas fragras immortais, onde forjauão, Pera as ſetas as pontas penetrantes, Por lenha, corações ardendo eſtauão, Viuas entranhas inda palpitantes: As agoas onde os ferros temperauão, Lagrimas ſam de miſeros amantes, A viua flama, o nunca morto lume, Deſejo he ſo que queima, & não conſume.

Mas de tristeza hum véo me envolve, e fecha Tudo o que palpo, e que diviso, he sombra! De Omar a ferrea Simitarra empunha, Na esquerda, e negra mão fulgura a tócha, E se me antolha q' hum vasto incendio Das Artes o deposito consume: Que são pasto da estridente chamma Das Musas todas as vigilias doutas! Nem teu mesmo volume escapa, ó Newton.

Entruaa neste tempo o eterno lume, No animal Nemeyo truculento, E o mundo que com tempo ſe conſume Na ſeiſta idade andaua enfermo & lento: Nella ve, como tinha por coſtume Curſos do Sol quatorze vezes cento, Com mais nouenta & ſete, em que corria quando no mar a armada ſe estendia.

Meu sol, quando alegrais esta alma vossa, Mostrando-lhe esse rosto que vida, Cria flores em seu contentamento. Mas logo, em não vos vendo, entristecida Se murcha e se consume em grão tormento: Nem ha quem vossa ausencia soffrer possa. Se aspirais por ousado a tanta altura, Não vos espante haver ao sol chegado; Porque he de aguia Real vosso cuidado, Que quanto mais o soffre, mais se apura.

Accesos sahem d'alma os doces ais No ardor, que pouco a pouco me consume; Mas nem as chammas, qu'em suspiros deito, Accendérão jamais hum frio peito. LAURENO. Pastores, que buscais na sombra amada A fonte, por fugir o ardor do estio, Vinde a mi, porque d'ágoa destillada Por meus olhos, se sólta hum largo rio; Tal, que a sêde d'Amor nunca apagada, Fartá-la ja de lagrimas confio.

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