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Pela primeira lei de Solon atheniense, perdida tendes a casa, e estado por esta culpa. Mandava esta lei, que quem nas dissensões e nos motins da cidade se não lançasse de algum dos bandos e parcialidades, esperando ser de viva voz quem vença, pelo mesmo caso lhe fossem confiscados todos os seus bens.

Todos o animavam a pedir á rainha a restituição de alguns dos bens confiscados; e o maior jurisconsulto d'aquelle tempo, Paschoal José de Mello, encarregou-se de escrever a Representação a D. Maria I. Este requerimento é um dos poucos trabalhos ineditos do eminente escriptor; e a meu vêr, como historia e como supplica eloquente, benemerito de estampar-se.

«D. Gonçalo Telles, conde de Neiva e Faria, alcaide-mór de Coimbra, senhor de Cantanhede, e de outras muitas terras, foi sentenciado por crime de lesa-magestade, e confiscados todos os seus bens; mas apesar disso possuiu a casa seu filho D. Martinho com o senhorio de Cantanhede: foi depois mordomo-mór da rainha D. Philippa, e é progenitor da illustre descendencia que ainda se conserva.

«Morto o conde de Avranches, foram-lhe logo os bens confiscados como de reo de alta traição: a casa da actual rua do Almada, sobre o Calhariz, campo então, e afastado, e mais uns terrenos em Caparica.

«D. Fernando de Menezes, terceiro filho do conde de Vianna, irmão do conde de Loulé, foi culpado e justiçado pelo mesmo crime, e confiscados os seus bens. Não consta que tivesse morgados; mas sabe-se que lhe sobreviveram seus filhos dos quaes os dous primeiros casaram illustremente e possuiram os bens da corôa que vagaram pelo delicto de seu pai.

«João Lourenço da Cunha foi sentenciado por crime de lesa-magestade, e confiscados os seus bens; porém o morgado de Pombeiro passou a seu filho Alvaro da Cunha, a quem foi tambem feita a mercê do senhorio da mesma villa, possuido antes por seu pai.

Martim Annes, todavia temeroso ou arrependido depois do feito, passou-se a Leonor Telles, e com ella e sua familia se foi a Hespanha, onde morreu, desprezado e amaldiçoado dos portuguezes. Na época de D. Duarte, os descendentes de Martim voltaram ao reino, e conseguiram perdão e posse dos seus haveres confiscados para a corôa. Eis aqui a razão do odio de Calisto á raça do máo portuguez.

José Polycarpo d'Azevedo foi queimado em estatua porque se tinha evadido. Sobre este sujeito veja-se a historia curiosissima que vem no Perfil do Marquez de Pombal do snr. Camillo Castello Branco. O cadafalso, os cadaveres, tudo, reduzido a cinzas, foi deitado ao mar. Os bens dos fidalgos foram todos confiscados e o marquez de Pombal roubou-lhes alguma prata, algumas baixellas e alguns livros.

«Diogo Lopes Pacheco de que descendem as mais illustres casas, foi havido e reputado por traidor, sem que a seu filho João Fernandes Pacheco servisse isso de obstaculo para a conservação da dignidade de rico-homem, que lograva, a maior que então havia da nobreza. «Alvaro Vaz de Almada foi sentenciado pelo mesmo crime, e confiscados os seus bens.

Passou no olhar do morgado um lampejo de rancor; mordeu furioso os labios, mas conteve-se ante o receio de ser dado por cumplice dos revoltosos, e de vêr confiscados os bens. Redarguiu energicamente o magistrado: Vejo que comprehendeu o sentido das minhas palavras. Tenho pois todo o direito a uma resposta.

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