United States or Austria ? Vote for the TOP Country of the Week !


Vello ca vai cos filhos a entregarſe, Acorda ao colo, nu de ſeda & pano, Porque nam quis o moço ſogeitarſe, Como elle prometera ao Castelhano: Fez com ſiſo & promeſſas leuantarſe O cerco que ja eſtaua ſoberano, Os filhos & molher obriga aa pena, Pera que o ſenhor ſalue, a ſi condena.

Pois tu, Phyllis, ma dás, eu offrecida A tenho a teu querer; tu della ordena Como, doce amor meu, fores servida. Por ti me será branda a dura pena; Por ti suave a dor, leve o tormento, A que m'inclina o fado, ou me condena. Ah falso Corydon! teu pensamento Era enganar-me: dada a me tinhas; E a co'as palavras leva o vento. O sol he pôsto.

Quando vejo que meu destino ordena Que, por me exprimentar, de vós me aparte, Deixando de meu bem tão grande parte, Que a mesma culpa fica grave pena; O duro desfavor, que me condena, Quando por a memoria se reparte, Endurece os sentidos de tal arte Que a dor da ausencia fica mais pequena. Mas como póde ser que na mudança D'aquillo que mais quero, estê tão fóra De me não apartar tambem da vida?

E, pois quanto Amor ordena, E quanto est'alma deseja, Tudo á morte me condena, Não quero senão que seja Tudo pena, pena, pena. Sem olhos vi o mal claro, Que dos olhos se seguio: Pois cara sem olhos vio Olhos, que lhe custão caro. D'olhos não faço menção, Pois quereis que olhos não sejão; Vendo-vos, olhos sobejão, Não vos vendo, olhos não são.

No hallo á mis males culpa, Para que merezca pena La causa que me condena. Essa está gentil desculpa Para hoje dar a Alcmena! Tẽe-no mandado chamar, E elle está tão descuidado! Moço, queres-me matar? Que desculpa posso eu dar Melhor qu'este meu cuidado? E não ha mais que fazer? Com isso a boca me tapa Para mais nada dizer?

Se por viver della e por amá-la, Julgas que algum castigo se me deve, A ver-te sempre rindo me condena, Pois crescendo o amor mais, mais cresce a pena. ERGASTO. Com a mãe, que maçãas colhendo andava, Inda pequena, a bella Alcida vinha: Eu os ramos da terra ja tocava, Ja facil para amar o tempo tinha.

Triste vida se me ordena, Pois quer vossa condição Que os males, que dais por pena, Me fiquem por galardão. Glosa. Despois de sempre soffrer, Senhora, vossas cruezas, A pezar de meu querer, Me quereis satisfazer Meus serviços com tristezas. Mas, pois em balde resiste Quem vossa vista condena, Prestes estou para a pena; Que de galardão tão triste Triste vida se me ordena.

Oh bem-aventurado seja o dia Em que tomei tão doce pensamento, Que de todos os outros me desvia! E bem-aventurado o soffrimento Que soube ser capaz de tanta pena, Vendo que o foi da causa o entendimento! Faça-me quem me mata, o mal que ordena, Trate-me com enganos, desamores; Qu'então me salva, quando me condena.

Que maneira de tormento Tão estranho e evidente, Que nem cuidar se consente! Porque o mesmo pensamento Ha medo do mal que sente. Não entendo a Vossa Alteza. Assi importa á minha dor. E porque razão, Senhor? Para que seja a tristeza Castigo do meu temor. Porque ordena O Amor, que me condena, Que se haja de sentir, E sem dizer nem ouvir. Bem-aventurada a pena Que se póde descobrir!

45 Mais estanças cantara esta Sirena Em louvor do ilustríssimo Albuquerque, Mas alembrou-lhe üa ira que o condena, Posto que a fama sua o mundo cerque. O grande Capitão, que o fado ordena Que com trabalhos glória eterna merque, Mais há-de ser um brando companheiro Pera os seus, que juiz cruel e inteiro.

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando