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Da quaal couza prouve muito aho Papa, e ha encomendou com grande afeiçaõ ha ElRei D. Diniz, que por lhe obedecer, e fazer couza dina de taal Rei, e assi por has continuas presses da Rainha Dona Isabel sua molher com que lho pedia, aceitou ho juizo por sua parte, em que tambem entrou ha determinaçaõ, e concordia sobre ha contenda, que era antre ElRei D. Fernando, e ho Ifante D. Affonso de Lacerda, que trazia o sello, e armas direitas do Regno de Castella, sobre que ambos tinham guerra, acerca das quaaes couzas ante de se finalmente concordarem ho Ifante D. Johaõ, tio delRei D. Fernando, de que atraaz dice, foi como seu procurador ha ElRei D. James Daragam, e aho Ifante D. Affonso de Lacerda, e com elles praticou, e asentou hos Juizes, que aviam de seer, e has couzas particularmente sobre que ElRei D. Diniz avia com hos outros Juizes dentender, e dar sua sentença.

E d'hi se emaderam mais e juntamente por embaixadores d'El-Rei e da Rainha de Castella, aos outros que foram a Coimbra, o Bispo de Coria D. João de Ortiga, e o licenceado d'Ilhescas, os quaes todos quatro sem a Infante se vieram diante a Moura, onde com o Infante D. Affonso e com a Infante D. Briatiz, eram o duque de Vizeu D. Diogo, e o duque de Bragança D. Fernando, e o conde de Faram D. Affonso, e o senhor D. Alvaro, com outros senhores e fidalgos do reino, e por procuradores d'El-Rei e do Principe D. João de Mello, Bispo de Silves, e D. João da Silveira, barão d'Alvito, para todos concordarem e praticarem as menagens, seguridades e desnaturamentos, e cousas que para entrega e vinda da dita Infante D. Isabel cumpriam.

Outra razão: Se os emigrados portuguezes, residentes no imperio, se sujeitam ao regimen brazileiro, em cujo paiz encontram as demasias do odio de raça e não poucas vezes a excessiva intolerancia religiosa; os allemães, além de não concordarem com as leis civis do imperio, descrêem completamente das leis que estabelecem a tolerancia religiosa, que ha de ser sempre uma ficção, emquanto a governação do Brazil estiver nas mãos do seu clero reaccionario; leis que esse clero poderia reformar, se não fôra o receio de descontentar os estrangeiros, na maioria conservadores, que, unidos aos brazileiros descontentes, e de idéas mais avançadas, fariam grande resistencia a uma refórma tão retrógrada.

Pelo qual por occultos meios de pessoas virtuosas e de santa tenção, que entre os Reis e o reino cometeram as pazes, houve de uma parte e da outra taes intelligencias, e para isso tão chegadas a conclusão, que a Rainha D. Isabel por concerto se veio á villa d'Alcantara em Castella, onde a Infante D. Briatiz de Portugal sua tia, por prazer d'El-Rei D. Affonso e do Principe D. João, se foi vêr com ella, e alli ambas tomaram assento de as pazes todavia se fazerem e concordarem n'este reino de Portugal; porque assi se houve por mais favor e mór honra d'El-Rei e de seus reinos, aos quaes a Infante com esta determinada conclusão se tornou, para execução da qual o Principe a que o negocio e cargo dos tratos e assentos das ditas pazes, por prazer d'El-Rei seu padre foi em todo cometido, por concerto praticado se foi á villa das Alcaçovas d'entre Tejo e Odiana, onde veio por embaixador e procurador d'El-Rei e da Rainha de Castella o doutor Rodrigo Maldonado, que vulgarmente se dizia de Tallaveira, que juntamente com D. João da Silveira, barão d'Alvito, que foi procurador d'El-Rei e do Principe de Portugal, praticaram e concordaram as capitulações das pazes, que foram perpetuas sem alguma limitação de tempo, em que sustancialmente se tomaram estas conclusões principaes, que se concordaram e capitularam na dita villa das Alcaçovas, a quatro dias de Setembro de mil e quatrocentos e setenta e nove.

E com esta conclusão finalmente se partiram, para nesta sustancia do lugar a que tornavam concordarem e firmarem suas capitullações. E d'hi a poucos dias praticando El-Rei D. Affonso como isto se bem faria, veio sobre o cerco do duque de Borgonha, e contra elle a mesma gente d'armas d'El-Rei de França com outra muita do duque de Lorreina.

E para temperar e vencer a outra da Rainha que sobre tudo desejava, ante de partir de Lamego fallou com o conde seu irmão, e lhe pediu que para ambos se concordarem, como sempre desejara, quizesse entre a Rainha e elle ser medeaneiro; porque elle tinha razão de n'isso a servir, e ella de o querer.