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E a nossa surpreza ainda foi maior, porque esse artigo, que tem por epigraphe A colonisação para o Brazil e a Companhia Transantlantica, mais parece que fôra escripto com o fim de tratar de interesses particulares de um ou outro engajador de colonos portuguezes.

Pode fazer-se conceito da immensa população que a Allemanha cede á America, sabendo-se que nos seis annos, de 1861 a 1866, no porto de Nova-York desembarcaram 312:065 emigrados allemães . Se, porém, reflectirmos em que a União se compõe de mais de trinta Estados, muitos com portos notaveis aonde tambem a emigração se dirige; que os allemães não buscam exclusivamente fortuna no territorio da União Americana, e que, por exemplo, nas colonias mais importantes, fundadas pelo governo brazileiro, a maioria dos colonos é de origem germanica ; pode afoutamente dizer-se que a emigração allemã é proporcionalmente maior tres ou quatro vezes que a de Portugal.

Pensavão ainda, dando credito ás ultimas noticias espalhadas, que os gentios desejavão soccorros dos Portuguezes para combater os Castelhanos, e estes possuião ahi prata e ouro em quantidade, produzida pelos terrenos proximos sem grande trabalho do homem. Não excedião as idéas moraes dos colonos portuguezes de então as idéas dos Hespanhóes, posto fossem menos crueis e barbaras.

Mas deixemos isto tudo de parte, visto que ao articulista pouco importam as doutrinas de hontem e as manifestas contradicções das doutrinas de hoje, sustentadas no mesmo jornal, onde o governo brazileiro tem sido accusado de menos fiel no cumprimento dos seus deveres para com os colonos portuguezes, e onde não vimos ainda a razão que aso a tantos elogios.

Se o jesuita Anchieta dizia que os indios, mais por medo do que por amor, se haviam de remir, quem nos prova o contrario d'esta asserção? O que é facto é que os colonos faziam e os indigenas desfaziam. Houve mais tarde desregramentos n'essas entradas ou bandeiras de que falla o sr.

«Os generos alimenticios, ferramentas e materiaes de construcção para os colonos, serão importados livres de direitos. «Qualquer navio que importar mais de dez emigrantes ficará isento de pagar os direitos de tonelagem, pharoes, ancoragem e pilotagem.

Quaes seriam os lucros dos negociantes, que por sua propria conta e em navios seus importavam escravos das costas de Africa?! Nem é bom pensar n'isso. Os lucros provenientes do commercio de escravos brancos, importados das costas de Portugal, com o titulo protector de colonos, não são inferiores, convençam-se d'isso!

A elle he o Brazil devedor de serviços sem preço, e de medidas justas e salutares a bem dos Indios, do commercio, da lavoura, da illustração, da justiça, etc. Não podia elle ver com bons olhos a oppressão em que jazião os Indios reduzidos á escravidão, apezar das sabias e justas determinações da côrte de Madrid, mesmo da de Lisboa, sempre menoscabadas pelos colonos, avidos de riquezas.

As obrigações do servo de gleba, como depois as dos colonos livres em seculos mais proximos de nós, eram, em relação ao senhor da gleba, e depois em relação ao senhorio directo do predio, de duas especies prestações agrarias e serviços pessoaes; estes abrangiam serviços de todo o genero, ainda os mais baixos; alguns, até, que poderiam ser feitos por animaes domesticos.

Continuemos, pois, na tarefa de esmerilhar os contractos ruinosos, e a humanidade do governo imperial em face de tantos abusos. Em 18 de junho de 1856 partíra do porto de Pernambuco a galera portugueza Flôr do Porto, com ordem de conduzir da ilha de S. Miguel uns trinta colonos, contractados a 10$000 réis por mez, pelo tempo de tres annos, sob pena de multas pelo não cumprimento do contracto.

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