United States or Laos ? Vote for the TOP Country of the Week !


Áquella que não sente, pendura com mão tremula n'um ramo do seu cipreste esta pequena corôa O Autor. Dezembro de 1861 Digam embora que me biographei; vou escrever uma pagina da minha vida. Se mais ninguem a lêr, lêl-a-hão os meus amigos.

Eu te exponho a razão, em que me fundo. Porém hoje no valle d'azinheira, Junto á ponte da plácida ribeira, Debaixo de hum cipreste levantado, Cópia de mim, eu vigiava o gado; Se bem que pouco vigiar podia, Quem de chorar quasi nada via. Cançada de lutar com meu tormento, Meu unico, amargoso mantimento, A affligida cabeça ao tronco encosto, E sobre a curva mão inclino o rosto.

E n'esse venerando cemiterio, onde o cipreste e o loureiro coufundiam as suas ramagens, Santos sacrificava em honra de tantos mortos illustres, sacerdote solitario que devotadamente ia enflorando as lousas com as corôas e as palmas que elle proprio ganhava para perpetuar a tradição gloriosa do velho theatro normal.

ella quando rapida A morte nos alcança, Diffunde em nossos animos O lume da esperança, Que nos descobre a patria Da gloria perennal! Perde a tristeza o tumulo; O sepulcral cipreste, Deixando o aspecto funebre, De flores se reveste! Soam divinos canticos Em coro angelical! Oh! quem podéra pintar A expressão que nesse instante Tinha o candido semblante Do meu anjo tutelar!

As arvores nascidas da vara plantada por Adão foram a oliveira, o cedro e o cipreste. Desta ultima é que depois sahiu a madeira com que fabricaram a cruz em que Christo morreu. O alecrim é uma planta funeraria. Os antigos acreditavam que o aroma do alecrim conservava os cadaveres, e sob esta crença, queimavam nas ceremonias funebres quantidades enormes d'esta planta aromatica.

Toda a differença era: que a mim, as bonanças e as tempestades não me vinham de fóra; formavam-se umas e outras inesperadamente na phantasia. Aqui uma voz imperiosa da consciencia me intíma que não demore por mais tempo uma solemne reparação. Faço-a de joelhos abraçado a um cipreste. Concluida ella, espero que me levantarei da terra alliviado.

Absorvo-me na noite e no misterio; Erro, ao luar, em êrmo cemiterio, Sob as azas geladas do nordeste; Interrogo na vala a sombra do cipreste Rumorosa d'um funebre desgosto, Com gestos espectraes ás horas do sol-posto... E n'um doido, febril deslumbramento, Vejo-me sepultado em pensamento E durmo, durmo, durmo a Eternidade... Subito, acordo e volto á claridade!

Do Mondego, que attonito recua, Do sentido Mondego as alvas Filhas Em tropel doloroso Das urnas de crystal eis vem surgindo, Eis, attentas no horror do caso infando, Terriveis maldições dos lábios vibraõ Aos Monstros infernaes, que vaõ fugindo. crôaõ de cipreste a Malfadada, E, arrepejando as nítidas madeixas, Lhe urdem saudosas, lúgubres endeixas.

N'essa noite poetica e devota, em que o praser, centuplicando aspectos, povôa, anima, encanta o mundo inteiro, agua e terra, ar e ceo, tudo é macio, em que a velhice, a mocidade, a infancia, sympathisam no vago da alegria; quando n'alma insaciavel de delicias se juntam, com mistura inexplicavel, ao saudoso passado, aos bens presentes, as mil visões do esplendido futuro; quando em laço phantastico se aggregam da vida e eternidade os pensamentos, gosos, superstições, fraquezas, cultos, qual ramalhete de cipreste e rosas na caprichosa mão das feiticeiras; n'essa noite, das noites invejada, a ti concorrerão por toda a parte, das aldeias do horizonte extremo, dançantes bandos que a viola guia.

Sobre isto pendurae sonora flauta, que se revolva á discreção do vento. Não cerque os ossos meus, não m'os ensombre, nem teixo nem cipreste; arvores quatro quizera no meu jardim de morte. Alguns tempos depois que a fria terra meus restos encerrar, á minha olaia vós, meus amigos, vós dareis meu nome, pois de mim se nutriu, e eu serei n'ella.