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Uma hora depois, Roque da Cunha, affeito a dormir em conjuncturas analogas, admirava-se de não ter ainda adormecido: e Domingos Leite Pereira, entrando em sua caza com todas as precauções para não ser ouvido, fechou-se no seu quarto, abriu a janella para sentir na fronte esbrazeada o frio da noute, vagou a vista errante pelo ceu estrellado; e, chorando como nunca chorára, disse entre si: Porque sahi eu da tua sombra, meu pobre pai, que a estas horas dormes serenamente no regaço da honra!... Bem me dizias tu, minha sancta mãe, que eu fazia mal em deixar a caza, onde nunca chorara alguem até á hora da minha partida... para este inferno em que estou penando!

Annos e annos chorára a sua viuvez, e mesmo quando o filho lhe extendia os bracitos gordos, muito risonho, as suas lagrimas não estancavam. Mas o sau pranto não era de dor; a desgraça ainda lhe escaldava a garganta com soluços que lhe vinham do coração, mas lhe nimbava a alma a promessa d'uma felicidade remota.

Custava-lhe vêl-o; tinha caido em abandono e recordava-lhe os primeiros mezes dos amores de Emilia em que julgára ter alcançado a felicidade. Com que risonha esperança alli se sentára em mornos crepusculos do estio e em que desvairada agonia alli chorára as lagrimas da sua culpa! Apezar d'isso, aquelle pedaço de terra atraia-o.

Aquillo não lhe desagradou; demais a mais o Navarro fizera-lhe muita festa, foi mostrar-lhe as aulas, os dormitorios, a casa de jantar, e disse-lhe: Olhe que isto não é mau. E o sr. D. Ruy sorrira, sentira-se forte, imaginava que se havia de dar bem ali, com os outros, brincando como elles. Mas ao chegar a casa, chorára vendo a mãe, e ella chorára tambem, abraçada n'elle.

Nas vesperas da sua entrada no mosteiro, Eulalia escreveu tres cartas. Uma a seu pai. Dizia-lhe que amára um homem e viveria d'esse amor desgraçado toda a sua vida. Outra ao escudeiro. Dizia-lhe que tivesse compaixão d'ella, e chorasse uma lagrima em troca das que ella chorára, e choraria até á morte. Outra ao seu implacavel pretendente.

Oh, que viesse o que não crê, comigo, Á vecejante Arrabida de noite, E se assentasse aqui sobre estas fragas, Escutando o sussurro incerto e triste Das movediças ramas, que povôa De saudade e de amor nocturna brisa; Que visse a lua, o espaço oppresso de astros, E ouvisse o mar soando: elle chorára, Qual eu chorei, as lagrymas do goso, E adorando o Senhor detestaria De uma sciencia van seu vão orgulho.

Oh, que viesse o que não crê, comigo, Á vecejante Arrabida, de noite, E se assentasse aqui sobre estas fragas, Escutando o sussurro incerto e triste Das movediças ramas, que povoa De saudade e de amor nocturna brisa; Que visse a lua, o espaço oppresso de astros, E ouvisse o mar soando: elle chorára, Qual eu chorei, as lagrymas do goso, E adorando o Senhor detestaria De uma sciencia van seu vão orgulho.

Essa mulher pareceu-me horrorosa... Comecei a troçar d'ella, do seu bas-bleuismo... Por fim ella resolveu partir. Lembro-me perfeitamente. O gerente do hotel levou-lhe um enorme ramo de bluets, os raros amigos tambem lhe levaram flôres. Todo o carro estava cheio de flôres. Sentou-se entre ellas, afagava-as, cortára algumas para cheirar. Chorára. Ainda me deitou um molho, que tinha beijado.

Lagrima celeste, Perola do mar, O que me fizeste Para me encantar! Ah! se tu não fosses Lagrima do céo, Lagrimas tão dôces Não chorára eu. Se nunca te visse Bonina do val, Talvez não sentisse Nunca amor igual. Pomba desmandada, Que é dos filhos teus, Luz da madrugada, Luz dos olhos meus! Meu suspiro eterno, Meu eterno amor, D'um olhar mais terno Que o abrir da flôr,

Dos ruins me fez escravo a compaixão, e aos bons foi por amor que me prendi. A viuva contou-me o seu romance, onde nascera e amára e onde chorára, seus folguedos, esperanças e infortunios, em que Deus lhe ensinára a obediência