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O espirito de Marianna não podia altear-se á expressão do prêso; mas o coração sinil, esse adivinhava-lhe as ideias. E a pobre moça sorria e chorava a um tempo. Simão continuou: Tem vinte e seis annos, Marianna. Viva, que esta sua existencia não póde ser senão um supplicio occulto. Viva, que não deve dar tudo a quem lhe não póde restituir senão as lagrimas que lhe eu tenho custado.

Francisco de Moraes Taveira aceitou gratamente o encargo, tanto por lhe ser offerecido pelo doutor Abreu, como por ser o orphãosinho filho do desventurado israelita, que perdêra provavelmente a vida, quando cuidava ganhal-a com honra. Desde que a resposta chegou, Francisca, olhando a face carinhosa da creança, chorava sempre.

Falava-se muito, e não se chorava menos. Soubemos então o que se tinha passado; morrera o Ratinho. Quem era? perguntei. Deram-nos informações. Ratinho era um rapaz da Murgeira, que se fizera cocheiro dos Gatos. Andára doze annos em Lisboa, batendo, e aprendêra a tocar guitarra. Por esta prenda foi que elle se tornou celebre desde Lisboa até Mafra, desde Mafra até á Murgeira.

Sei tudo disse o lojista O rapaz está outro. Vae ver sua mulher todos os dias, e ouvi dizer que chorava os seus peccados. Que faz elle agora se está arrependido? Porque não tira a pobre senhora do convento? Que se arremedeiem com pouco, e vivam juntos.

O mal é para mim que vou perder-te. A Conceição chorava de dôr e de surpreza; nada sabia dizer. Se era por ella ter feito algum mal, que lh'o dissesse, que não podia ser senão intriga; que pelo amor que lhe tinha lhe custava deixal-o...

Não vêdes a morte?... Não quero morrer... E Rosina?... Meu filho!... Estou aqui sósinho... Pietro tocava a sua harpa.. A muda chorava muito... Em Coimbra, n'aquella tarde... Sim, ella era innocente e pura... Pietro parecia triste de a vêr chorar... Que é?... São os francezes?... Que venham... Eu vingo a memoria de minha irmã, mas não quero morrer porque tenho um filho...

Simão Botelho não respondia ás perguntas de Marianna. Dil-o-ieis arrobado nas voluptuosas angustias do seu proprio aniquilamento. A creatura, posta por Deus ao lado d'aquelles dezoito annos tão attribulados, chorava; mas as lagrimas, se Simão as via, tiravam-no da mudez socegada para impetos de afflicção, que a final o extenuavam á força de convulsões. Decorreram seis mezes ainda.

Claudio fugira para longe; chorava mas não queria que o vissem chorar, temia o pae que por certo não deixaria de o reprehender pelas suas pieguices, como elle lhe chamava. Queria rezar. O oratorio era na sala e estava o medico. Abriu a porta de mansinho, atravessou o pateo e, seguindo o carreiro onde á tarde estivera com a mãe, foi ajoelhar-se no extremo, debaixo d'uma oliveira.

Se o misero agonisante podesse comprehender a amargura com que o anjo lhe chorava a perdição no amor terreno, e a doçura que ha no affecto do homem aos mensageiros de Deus, despiria, rindo, o corpo enfermo, para se lhes unir, «para aspirar o goso celestial do amor sem termo». E logo, sem tardar, respondendo á voz do anjo, a Graça ungiu o moribundo.

Talvez pensasse em casar-se com o Andeiro, a quem parece amava do coração: seria esse o castigo fatal dos seus crimes, por ser a causa da sua perdição? Como a rainha sabia a ruim opinião que havia a seu respeito, «fingia-se mui desconsolada e chorava em grandes prantos.