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A rapariga ia triste. Dir-se-ia que a tristeza lhe nascia toda daquele lado em contacto com o pequenino... Por isso quando passou pela azenha, e que a mulher do Paulo lhe perguntou o que levava ali, erguendo a voz sobre o ruído forte da levada, a rapariga entrou de chorar e respondeu que era um enjeitadinho. Um quê, mulher? que dizes tu? insistiu a outra.

Simão, como se despertasse no meio d'um pezadello, voltava os olhos para D. Bernardo, e estremecia. Tu que queres, Simão? insistia o fidalgo, apalpando-lhe a fronte esbrazeada. O pequeno recuava para o fundo da cama, assustado, com os olhos espantados e a tremer. Não quero a senhora balbuciava elle tranzido e a chorar. Ella mata-me! Ai! eu quero a minha mãe! Ó meu padrinho, a senhora mata-me.

Nada, continuava Manuel de Mendonça, se essa é a minha casa e elles a minha familia, para que abandonal-a, trocando a por outros que me são desconhecidos e que, se eu morresse, nem talvez uma lagrima de saudade fossem chorar sobre a minha sepultura. «Mas se eu me demorar, se a imagem de Martha me continua a perseguir? Não póde ser! Não ha de ser, não quero que seja!

Esse defluxo era uma indisposição geral, acompanhado muitas vezes d'alguma febre, e muitas vezes de vontade de chorar sem saber bem porque. Era então que dizia com tristeza a Adalberto, sempre tão compadecido d'ella: Tudo me dóe, mas, em mim, não importa. As duas crianças raras vezes conversavam.

O que avisto: palacios de poderosos, columnados de gelo; choupanas de Luz; corações de tritão em peitos de sereia; fios de aranha alando a Terra; a Humildade a chorar sob doceis de granadas; a Humanidade em arestas á mercê do vento, a mergulhar nos pantanos; monstros a florirem amor; e tudo a morrer para viver, a viver para morrer! converso as sereias, os tritões, as sombras dos Poetas.

Quando um visinho entrou na azenha do Euzebio, para lhe dar a noticia da morte do filho, encontrou o moleiro sentado na ilharga da cama, a resar, com os olhos postos n'um crucifixo, e um rosarío entre os dedos. Rese-lhe por alma! disse o visinho a chorar.

Não diga mais nada disse Henrique, levando aos labios a mão que ella não retirou. Essas lagrimas bastam-me. Escusado é dizer que estas palavras mais lagrimas produziram. E Henrique desceu do patamar com a vista ennevoada por ellas. Christina ficou a chorar na varanda.

Sentava-se constrangida á mesa, e raro alimento aceitava da mão carinhosa do pae. Pedia frequentes licenças para levantar-se, e buscava, em secreto, o seio de sua ama, para chorar com desafogo, falando em Filippe. Em nome da ama vinham as cartas d'elle. Digno de tanto amor nenhum outro homem o seria mais.

Eu fui-me a chorar velhas lagrimas de gelo, avocadas por lagrimas de fogo recemnascidas. Fui-me por entre os tumulos, a pedir ao meu Deus de ha trinta annos que que me désse força, que me désse força nova, pois que se prolonga o captiveiro!

Os parentes e amigos de quem nos apartamos a chorar, o que fazem é ir adiante de nós; os netos d'elles e os nossos, pela maior parte, vão ter comnosco, e para tão horrivel fim é que nós nos reproduzimos. Como se prova a verdade dos dogmas hebraicos, e com especialidade a eternidade das penas Todos estes dogmas estão ligados; porém, quando surge uma duvida, não basta um para demonstrar o outro.