United States or Norway ? Vote for the TOP Country of the Week !


Quanta hostia consagrada, Pão da ultima jornada! Dorme na meda encantada Ao luar tão leve e tão lindo!... Oh, bailae em volta d'essa doirada, Que bailaes á volta de Jesus dormindo!... Alvor da lua nas eiras, Nem linhos de fiandeiras, Nem veos de noivas ou freiras, Nem rendas d'ondas do mar!... Oh, bailae ceifeiras, lindas feiticeiras, Na aleluia argentea do clarão do luar!... Setembro 91.

A alma é como a noute escura, immensa e azul, Tem o vago, o sinistro, e os canticos do sul, Como os cantos d'amor serenos das ceifeiras Que cantam ao luar, á noute pelas eiras... Ás vezes vem a nevoa á alma satisfeita, E cae sombria, vaga, e meuda e desfeita... E como a folha morta em lagos somnolentos As nossas illusões vão-se nos desalentos!

E onde se ouvia murmurar a paz, o embalar dos berços carinhosos e estrídulos descantes de ceifeiras, felizes e esforçadas na sua faina, lançou a inundação roucos pregões de ameaça e terror, tumultuosa e lúgubre no ímpeto. Dia e noite, ou brilhe o sol vencendo a tempestade ou a escuridão se cerre impenetrável, rugem no vale horrendos clamores de morte, de ruína e de crueza.

Alvor da lua nas eiras, Nem linhos de fiandeiras, Nem veos de noivas ou freiras, Nem rendas d'ondas do mar!... Sobre espigas d'ouro bailam as ceifeiras, Na aleluia argentea do clarão do luar!... Bailae sob as lagrimosas Estrellinhas misteriosas, Scintilações, nebulosas, Fremitos vagos d'empyreos!... Deos golpeia a aurora p'ra dar sangue ás rosas, Deos ordenha a lua p'ra dar leite aos lirios!...

Do rancho urbano uns lêem, outros fallam, e nenhum está triste. Vae descendo o sol. Passam no caminho as ceifeiras, contentes do lidar d'um dia inteiro. Na voz d'algumas canta-lhes a alma; nas faces de todas alvoreja, áquella hora do entardecer, a alegria do descanco. Metade da noite, a seroam: outra metade, dormem-n'a.

Sempre ha-de acabar pelo regresso ao trabalho.» «O campo, o trigo, o moinho conteem uma invencibilidade que a guerra não subjugará. Nem as ceifeiras tiveram medo dos obuses, nem o moleiro teve medo de servir de alvo. Sob a violencia passageira, a terra prossegue na sua eternidade, e vemos as mãos das ceifeiras ligarem as paveias com um gesto que é sempre o mesmo desde o começo do mundo.

Palavra Do Dia

stuart

Outros Procurando