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Trouxemos á praça, em proveito commum, a nossa pobreza. Não eramos a mais obrigados. No artigo subsequente falaremos dos romances de cavallaria portugueses, no seculo XVI. *Historia do Theatro Moderno Theatro Hespanhol* *Historia do theatro moderno Theatro hespanhol* Ha um anno a esta parte que o theatro começa a ter entre nós a importancia que ha muito tinha entre as outras nações da Europa.

No nosso tempo, precisamente como em 1847, chefes energicos, Messias indigenas, vão percorrendo o territorio, e com grandes nomes de Patria e de Religião, prégam a guerra santa: as tribus reunem-se, as familias feudaes correm com os seus troços de cavallaria, principes rivaes juntam-se no odio hereditario contra o estrangeiro, o homem vermelho, e em pouco tempo é todo um rebrilhar de fogos de acampamento nos altos das serranias, dominando os desfiladeiros que são o caminho, a entrada da India... E quando por alli apparecer, emfim, o grosso do exercito inglez, á volta de Cabul, atravancado de artilharia, escoando-se espessamente, por entre as gargantas das serras, no leito secco das torrentes, com as suas longas caravanas de camelos, aquella massa barbara rola-lhe em cima e aniquila-o.

O duque de Abrantes, cujo valor todos respeitavam, os seus ajudantes, e a escolta de cavallaria que sempre o acompanhava, não cairiam de leve em uma cilada de poucos homens, e para o esperar em grande numero, vigiadas como estavam as ruas, parecia duvidoso que meia hora depois não se achassem recolhidos na cadeia os Scevolas incumbidos d'este prologo essencial no grande drama da restauração da patria.

Incrivel é quasi que o Amadis ficasse sem imitadores, e poder-se-ia conjecturar que alguma das citadas novellas fosse original portuguesa. Para intelligencia d'esta nossa opinião poremos aqui resumidamente uma idéa geral dos romances ou novellas de cavallaria.

A ultima classe de romances de cavallaria é aquella em que as personagens e successos da historia antiga, conhecidos imperfeitamente, davam largueza á imaginação dos novelleiros, que revestiam essas personagens dos costumes, crenças e opiniões da edade-média, e affeiçoavam esses successos pelas instituições da cavallaria, enxerindo até os heroes da Grecia e de Roma, nas familias fabulosas dos Artus e de Amadis.

Depois houve muitos que continuaram a chamar-se cartistas, porque os vocabulos são propriedade dos homens, e a propriedade, conforme o velho direito, consiste na faculdade de usar e abusar. Era como os graus e veneras das ordens de cavallaria extinctas. Enfeitam, mas correspondem ao nada. Symbolos vãos sobre um sepulchro.

De outras obras se faz menção no indice d'aquella livraria, que vehementemente suspeitamos serem novellas de cavallaria; mas não passando esta opinião de mera suspeita, guardaremos sobre isso silencio. Desde a epocha de D. Duarte até o principio do reinado de D. Manuel nenhum rasto temos encontrado d'este genero de litteratura.

O prazo durante o qual os portugueses tocaram a meta do espirito cavalleiroso, e o conservaram em toda a pureza e vigor, prolongou-se por obra de um seculo, desde os ultimos annos do reinado d'el-rei D. Fernando até o d'el-rei D. Affonso V. Antes d'esse tempo nossos avós eram demasiado rudes para conceberem e reduzirem a inteira practica a concepção immensamente bella da cavallaria; depois d'elle, eram muito cidadãos para serem cavalleiros.

O certo é que Lobeira, tendo vivido no tempo de el-rei D. Fernando I e de D. João I, tinha visto as proezas que em Portugal obraram os cavalleiros ingleses, a quem devemos os progressos que então fizemos na arte da guerra. Devia elle fazer portanto alta idéa da cavallaria d'aquella nação. Nada havia mais natural do que fazer da Inglaterra o theatro das façanhas dos seus imaginarios heroes.

Ora, o velho chronista francez João Froissart, que falleceu em 1410, falla de uma ordem de cavallaria, a ordem da Dama Branca, que foi organisada para defeza das damas ultrajadas, plusieurs dames et damoiselles, veufves et autres, estoyent oppressées d'aucuns puissants hommes , e publíca o texto das cartas de armas pelas quaes treze cavalleiros francezes, messire Charles d'Albret, messire Bouciquaut, marechal de França, Bouciquaut, seu irmão, Francisco de Aubrecicourt, João de Lignères, Chambrillac, Castelbayac, Gaucourt, Chasteaumorant, Betas, Bonnebaut, Colleville e Torsay, se comprometteram a defender as damas no anno da graça de 1399.

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