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Corria o quinteiro, e meia duzia de cavadores de enxada, batendo os pés descalços na terra endurecida pelo calôr, varapaus ao hombro, falando alto. Desacorrentára o creado dois grandes cães de fila, amarelos, rabo cortado, focinho negro, fauces ameaçadoras, que de noite rondavam ganindo e uivando.

Um verão agarram-me a furtar uvas n'uma vinha: o vinheiro era um bruto, jogou-me um tiro; e cheia de sangue, quasi morta, uns cavadores que passavam, foram levar-me a casa da minha madrasta. Mas á embocada da aldeia, como eu ia estendida n'uma padiola de ramos, a senhora marqueza viu-me passar da sua janella, e por caridade, recolheu-me. Alli se fôra creando, a fazer companhia ao menino.

E, de repente, todo o encalhe se despegou a mulher trotando no seu burrinho, logo sumida n'uma volta de arvoredo; a carriola solavancando n'um rolo leve de poeira; o carro avançando para a «Cruz das Almas» a chiar tardamente; os cavadores descendo para uma chã atravez das leiras de feno... Na estrada restou, como desamparado, um homem de jaqueta ao hombro, que se arrastava penosamente, coxeando.

E por isso ex-votos, que relembram dores, Cobrem de ternura todo o seu altar: Bustos de meninos, mãos de cavadores, Tranças de donzellas, soluçando amores... Corações e peitos, de fazer chorar!... Alvas capelinhas, sempre milagrosas, Sois n'essas alturas para os olhos meus, Como ninhos virgens d'orações piedosas, Miradoiros brancos de luar e rosas, D'onde as almas simples entreveem Deos!...

Ai ao relento, ai ao relento, sonham cavadores!... Somno d'arminho... colxão de terra... lençol de flores!... Cahi dormentes, Cahi exanimes, trementes, Palidos silencios do luar dorido! Litanias fluidas do luar dorido! Misereres brancos do luar dorido! Balsamos, piedades, orações dolentes Do luar dorido!...

Tinham ás vezes que abrir-lhe a mão á força para lhe tirarem a podôa de jardineiro, a que se soldavam os dedos quando brigava com os cavadores, e renovava-se a lição do mal; ou quando o vinho lhe obliterava a consciencia de homem grato, generoso, humilde até á servidão.

Esguedelhados, negros, pela praça, Rangendo os dentes, gritam a quem passa: Vingança, vingança, vingança! Deixa-los trovejar pelos outeiros... Oh! Deus lhes mande a paz! Ao longe vêdes? os cavadôres, Filhos do campo, filhos da leiva, De olhos escuros e cismadores, Olhos ingénuos de trovadôres... Cantam os campos, cantam as flores, Cantam a seiva...

«Em 1845, uma nova tentativa feita sob os auspicios do governo brazileiro, levou alguns milhares de trabalhadores de Baden e de bavaros do Palatinado ao Rio de Janeiro. Estabeleceram-se em Petropolis, perto do palacio imperial. Em 1859 quatorze annos depois de tres mil e dezeseis colonos que ainda habitavam Petropolis, rarissimos tinham passado de simples cavadores de enxada.

anda ella, cheia de agua benta, tilintando sempre a sua vózinha escarnecedora e fantastica, acompanhando enterros de cavadores tisnados que na terra encontram o seu unico repouso, e criancinhas frageis que vão para o céo aspergidas com a agua benta da caldeirinha infernal...

Uma toalha de linho de Guimarães cobria a mesa, com as franjas roçando o soalho. No fundo dos pratos de louça forte reluzia um gallo amarello. Era o mesmo gallo e a mesma louça em que na nossa casa, em Guiães, se servem os feijões dos cavadores... Mas no páteo os cães latiram. E Jacintho correu á varanda, com uma ligeireza curiosa que me deleitou.

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